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Moçambique sem dinheiro para pensões de ex-guerrilheiros

Lusa
17 de dezembro de 2022

O enviado pessoal do secretário-geral das Nações Unidas a Moçambique, Mirko Manzoni, disse que "não há recursos" para pagar pensões a guerrilheiros desmobilizados da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO).

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Foto: Marcelino Mueia/DW

"Não podemos pagar pensões sem estar preparados e sem recursos", declarou Manzoni ao canal privado STV, na Serra da Gorongosa, em Sofala, no centro de Moçambique.

Mirko Manzoni disse que "o assunto das pensões não é fácil", assegurando que "estão a ser feitos trabalhos para saber como buscar os recursos" para que os desmobilizados sejam "integrados no sistema de pensões".

"É um assunto que estamos a negociar há três anos. Estamos agora em uma situação onde todos os parceiros estão comprometidos em buscar uma solução sobre as pensões", frisou o enviado especial de António Guterres.

Mirko Manzoni disse ainda que o sistema de pensões aos desmobilizados "tem de ser sustentável", referindo que os parceiros poderão apoiar, mas "os recursos serão moçambicanos".

Mosambik Mirko Manzoni, UN-Gesandter
Mirko Manzoni, enviado pessoal do secretário-geral das Nações Unidas a MoçambiqueFoto: Romeu da Silva/DW

Após entregarem as armas, os guerrilheiros recebem um subsídio durante um período de alguns meses e depois são fixadas pensões.

Na segunda-feira (12.12), o Presidente da RENAMO, Ossufo Momade, disse haver um "incumprimento sistemático do acordo de paz pelo Governo" moçambicano, fazendo menção ao facto de os desmobilizados "continuarem a aguardar pela fixação das pensões", uma questão que tem sido recorrentemente levantada pelo partido.

O processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) faz parte do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado a 06 de agosto de 2019 entre o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da RENAMO. Segundo a Renamo, já foram desmobilizados 4.001 (80%) combatentes dos 5.254 previstos.

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