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FutebolAlemanha

Bundesliga: Estádios voltam a encher após restrições

ad | AP
4 de abril de 2022

Os estádios de futebol na Alemanha voltaram à plena capacidade este fim de semana, depois de dois anos de restrições devido à pandemia. São boas notícias para os clubes que sofreram perdas nas suas receitas.

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Foto: Thomas Banneyer/dpa/picture alliance

Foi um regresso massivo ao Signal Iduna Park com sabor amargo para os adeptos do Borussia Dortmund, que foi goleado pelo RB Leipzig (1-4). A boa notícia foi mesmo a reabertura completa aos adeptos após dois anos de restrições devido à Covid-19, que os mantiveram afastados das bancadas.

Antes do pontapé de saída, a equipa e o pessoal do Dortmund foram à "Südtribüne", a famosa bancada sulista apelidada de "Yellow Wall", e aplaudiram os 24 mil adeptos de pé. Erling Haaland estava radiante por voltar a ver o estádio cheio.

O Westfalenstadion, o maior estádio de futebol da Alemanha, regressou à sua capacidade total de 81.365 adeptos, pela primeira vez desde 29 de fevereiro de 2020, uma vez que a Alemanha levanta as restrições pandémicas. 

Na próxima semana será a vez dos eneacampeões, o Bayern Munique, terem estádio cheio, com cerca de 75.000 adeptos na Allianz Arena quando receberem o Augsburg. A última vez que tiveram um estádio assim foi em novembro de 2021.

Na capital, o Union Berlin vendeu 22.012 bilhetes para o jogo em casa contra o Colónia no Stadion an der Alten Försterei. A última vez que jogaram com o estádio cheio foi a 20 de novembro de 2021 contra o rival local, Hertha BSC.

As novas regras significam que o Hertha poderá vender os 74.475 lugares do Estádio Olímpico para o escaldante dérbi da segunda volta, que terá relato na DW África no dia 9 de abril.

Estádios vazios e receitas perdidas

Como a maioria dos principais clubes da Europa, os clubes alemães sofreram uma perda significativa de receitas sob as restrições pandémicas.

Donata Hopfen, nova presidente da DFL
Donata Hopfen, nova presidente da DFLFoto: DFL/dpa/picture alliance

A 1 de abril, a Liga Alemã de Futebol (DFL) anunciou uma perda de 95% na venda de bilhetes para a época 2020-21, tendo as equipas da Bundesliga e da Bundesliga 2 visto as suas receitas de jogo caírem de "cerca de 650 milhões de euros em 2018-19 para apenas 35,5 milhões de euros" na época passada.

"Nos últimos dois anos, a pandemia já teve um impacto económico dramático na Bundesliga e na Bundesliga 2. Infelizmente, está também a afetar a época atual, principalmente porque, mais uma vez, as bancadas tiveram muitas vezes de permanecer vazias", disse a nova presidente da DFL, Donata Hopfen.

O Borussia Dortmund sofreu o maior impacto, uma vez que o Westfalenstadion sofreu a pior perda durante o período. O clube declarou que as receitas de bilheteira caíram de 44,7 milhões de euros em 2018/19 para 0,5 milhões de euros em 2020/2021, uma queda de 99%.

Mas o clube está a olhar para o lado positivo à medida que os adeptos regressam. "Pode-se dizer que as pessoas ainda estão interessadas no Borussia Dortmund", disse o CEO Watzke. "Estou muito contente com isso, mesmo que leve tempo para que as coisas regressem ao normal".

Riscos da pandemia continuam

Uma vez que a pandemia não acabou, o regresso dos adeptos aos estádios sem limitação ainda comporta o risco de propagação do vírus.

De acordo com o Instituto Robert Koch, houve mais de 1,3 milhões de casos de Covid-19 registados na Alemanha na última semana, com 129.695 mortes no país desde que a pandemia começou em março de 2020.

Os estados federados ainda podem definir as suas próprias regras no caso de novas infeções em massa, mas não se espera que sejam implementadas grandes mudanças.

Embora muitos clubes insistam nas regras 3G - os adeptos que queiram ver um jogo no estádio devem estar vacinados, testados ou recuperados, além de terem de usar máscara em zonas onde a distância segura não é possível - pelo menos três clubes da Bundesliga eliminaram todas as restrições no último fim de semana: Union Berlin, Eintracht Frankfurt e Augsburg.

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