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SociedadeÁfrica do Sul

Suspeito de incendiar Parlamento acusado de terrorismo

EFE | AFP
11 de janeiro de 2022

O homem suspeito de ter provocado o incêndio que devastou o Parlamento da África do Sul nao início do ano é acusado de terrorismo. Médicos concluíram que o homem sofre de esquizofrenia, após avaliação psicológica.

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Südafrika Kapstadt | Brand im Parlament
Foto: Lyu Tianran /Xinhua/imago images

Zandile Christmas Mafe tem 49 anos e é suspeito de ter provocado o incêndio que devastou o Parlamento da África do Sul, no dia 2 de janeiro. Foi preso no mesmo dia do crime e levado para o Tribunal de Primeira Instância da Cidade do Cabo.

Esta terça-feira (11.01), Mafe apresentou-se pela segunda vez em tribunal, onde foi acusado de terrorismo. Já estava acusado de entrada forçada no Parlamento, incêndio culposo e roubo.

A nova acusação foi aplicada depois de os investigadores reverem as filmagens das câmaras de segurança.

Torre de fumo causada pelo incêndio
Torre de fumo causada pelo incêndioFoto: Jerome Delay/AP Photo/picture alliance

Na primeira vez que Mafe se apresentou em tribunal declarou-se inocente. De acordo com a acusação, o suspeito "colocou, ilegalmente, um explosivo ou outro dispositivo letal numa instalação governamental com o propósito de causar danos substanciais ou destruir tal local".

Suspeito pode ser julgado?

Nesta segunda sessão de tribunal, os procuradores revelaram que o acusado foi submetido a uma avaliação psiquiátrica após ter sido preso e que os médicos concluíram que sofre de esquizofrenia.

O advogado de defesa, Dali Mpofu, um dos mais conhecidos da África do Sul, pediu liberdade condicional para Mafe e disse que o suspeito pretendia entrar em greve de fome se permanecesse em custódia por mais tempo.

Zandile Christmas Mafe, suspeito do incêndio
Zandile Christmas Mafe, suspeito do incêndioFoto: Xabiso Mkhabela/AA/picture alliance

O tribunal marcou a próxima audiência para 11 de fevereiro e ordenou que Mafe continue detido num centro de atendimento psiquiátrico.

A acusação quer que o suspeito seja examinado no Hospital Psiquiátrico Valkenberg, na Cidade do Cabo, para determinar a sua aptidão para ser julgado.

Julgamento gera protesto

Segundo Mpofu, Mafe é descrito por muitos como sem-abrigo e "não percebe porque é que o Estado não o alimentou enquanto estava a viver na rua, a tentar sobreviver, e agora parece ter vontade de o sustentar por um certo período de tempo".

Desde que foi preso, existe um debate sobre se o incêndio foi provocado por Mafe. Um grupo de cerca de 30 manifestantes reuniu-se à entrada do tribunal e pediu a libertação do homem, dizendo que este era um bode expiatório.

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