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Membro da RENAMO é absolvido em Alto Molocué

27 de outubro de 2018

Alfane Mussagi Alfane, diretor-adjunto distrital do STAE naquele distrito da Zambézia, foi a julgamento por agressão a um membro da FRELIMO nas eleições autárquicas. Para juiz, membro da RENAMO agiu em legítima defesa.

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Foto: DW/R. da Silva

Indicado pela Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), o maior partido da oposição de Moçambique, o diretor-adjunto distrital do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de Alto Molocué, Alfane Mussagi Alfane, foi absolvido num julgamento esta sexta-feira (26.10) na província da Zambézia. Alfane foi detido durante a votação nas eleições autárquicas a há mais de duas semanas sob a acusação de rasgar a camisa de um membro da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), o partido no poder.

Sobre o arguido pesavam dois crimes, nomeadamente a destruição parcial de uma janela de um dos postos onde decorria a votação e a agressão a um membro da FRELIMO, que é técnico do STAE, que teria sofrido uma lesão na mão direita depois da contagem dos votos.

Mosambik - RENAMO Alfane Mussagi Alfane
Alfane Mussagi Alfane foi detido durante votaçãoFoto: Arquivo pessoal

Em entrevista à DW, Alfane Mussagi Alfane disse que está satisfeito com o resultado do julgamento. "Estou muito feliz que o juiz tenha me absolvido destes casos na presença do procurador e das outras pessoas que assistiram ao meu julgamento", sublinha.

"Eu declarei tudo dizendo que não fiz nada de errado. Apenas tentava recuperar o computador que estava a ser roubado com todas informações processadas dos eleitores que votaram no dia 10. No fim de tudo, o juiz me absolveu dizendo que eu agi em legítima defesa. Estou feliz e penso que o juiz foi imparcial", acrescentou.

Apesar da absolvição, a RENAMO ainda exige justiça. O delegado distrital do partido em Alto Molocué, Fernando Mario Nampale, afirmou este sábado (27.10) que o partido ainda não está satisfeito. Nampale argumeta que mais membros da RENAMO estão presos naquela vila autárquica e que outros estão hospitalizados na província de Nampula e na cidade de Quelimane por terem sofrido ferimentos graves.

Casos em aberto

A RENAMO ainda pede justiça na contagem dos votos. Na quarta-feira passada, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique anunciou oficialmente os resultados que deram a vitória à FRELIMO e o seu cabeça de lista, Miguel Paulino Muananvuca, com 47,77% dos votos contra 47,08% de votos do candidato da RENAMO, José Palaço.

Com estes resultados, a FRELIMO e a RENAMO terão que dividir assentos na assembleia autárquica. Cada partido terá dez membros. Já o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) terá apenas um representante.

Entretanto, os dois presidentes da mesa de votação pela FRELIMO, nomeadamente Leogivildo Alberto e Elidiu Celestino, que teriam fugido com duas aatas de votação nos postos da Escola Primária Completa-Cede e da Pista Velha já regressaram ao convívio normal.

Segundo Fernando Mário Nampale, a RENAMO já informou as autoridades e ambos foram notificados. Eles poderão ser julgados por essas acusações a 6 de novembro.

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