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Mariano Nhongo disponível para iniciar negociações

Arcénio Sebastião (Beira) | af
17 de dezembro de 2020

O líder da Junta Militar da RENAMO, Mariano Nhongo, manifesta a sua disponibilidade para iniciar o diálogo com o Governo, já na próxima semana, mas exige garantias de que os seus mandatários não serão sequestrados.

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Mosambik RENAMO-Militärjunta in Gorongosa | Mariano Nhongo
Foto: DW/A. Sebastião

O Presidente Filipe Nyusi anunciou nesta quarta-feira (16.12), no Parlamento, que a Junta Militar da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), grupo dissidente do principal partido da oposição, se recusava a aceitar o diálogo para o fim do conflito armado nas províncias de Manica e Sofala, no centro de Moçambique.

Nyusi defendeu na ocasião que o executivo de Maputo não tinha outra solução "senão desencadear operações rigorosas contra o inimigo e é o que está a acontecer neste momento".

Filipe Nyusi, Präsident von Mosambik
Foto: DW

Entretanto, nesta quinta-feira (17), a líder da autoproclamada Junta Militar da RENAMO, Mariano Nhongo manifestou a sua disponibilidade para iniciar o diálogo com o Governo, na próxima semana, mas exige garantias de que os seus mandatários não serão sequestrados.

"Na próxima segunda-feira (21.12), vou nomear pessoas que vão à mesa das negociações com o Governo", disse Nhongo, exigindo que o Parlamento moçambicano aprove uma emenda que proteja os seus mandatários. "Fico à espera da Assembleia aprovar uma resolução para garantir que os meus homens não serão sequestrados", reiterou Nhongo.

Nhongo acusa FDS e Momade de raptos

Falando telefonicamente à imprensa esta quinta-feira (17.12), Mariano Nhongo acusou as Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique e do líder da RENAMO, Ossufo Momade, de supostos sequestros dos seus apoiantes.

"O Governo e Ossufo Momade estão contra mim. Basta saberem que aquele membro apoia a Junta Militar para o sequestrar", acusou Nhongo.

Nos últimos dias foram registados intensos confrontos envolvendo elementos da Junta e tropas governamentais, nas províncias de Manica e Sofala, no centro de Moçambique, que no entender do líder da Junta visavam travar a onda de sequestros.

Por outro lado, o líder da autoproclamada Junta Militar defendeu que os pontos da agenda para o diálogo com o Governo estão no caderno reivindicativo que supostamente já terá enviado ao Presidente da República, Filipe Nyusi.

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