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RENAMO alerta autarcas para ambiente de caos

Lusa
30 de janeiro de 2024

O líder da RENAMO, Ossufo Momade, alertou hoje os autarcas do seu partido para o "caos" a ser criado pelo Governo da FRELIMO nos territórios que vão ser administrados pela oposição.

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Mosambik Ossufo Momade, Leiter  RENAMO
Foto: Amos Fernando/DW

Em Moçambique, o presidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Ossufo Momade, alertou nesta terça-feira (30.01): "Preparamos os nossos edis [autarcas] a contar com as adversidades sociais e políticas, muitas das vezes impostas pelo regime, que tem embaraçado e gerado caos na administração autárquica nos municípios ganhos pelos partidos da oposição".

A mensagem de Momade, divulgada na sua página da rede social Facebook, aconteceu após um encontro com os autarcas do seu partido, eleitos nas eleições autárquicas de 11 de outubro.

O líder do principal partido da oposição afirmou que os autarcas que pertencem à organização devem empenhar-se na transformação das cidades moçambicanas em centros urbanos do futuro, que proporcionem uma vida de qualidade aos seus cidadãos.

"Encorajamos, na ocasião, os edis eleitos a seguirem firmes e confiantes nos nossos manifestos, com o fim último de servir os munícipes em uma governação participativa, coerente, honesta e inovadora", declarou.

Mosambik Maputo | Wahlen | Stimmzettel
As autárquicas de outubro de 2023 foram marcadas por fraudes que supostamente prejudicaram a RENAMOFoto: Alfredo Zuniga/AFP

Críticas contra a FRELIMO

No encontro, o presidente da RENAMO e os novos dirigentes municipais do partido debateram ainda a organização das vereações e pelouros, o reforço das atividades e trabalho conjunto.

A RENAMO acusou várias vezes o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) de impedir que o poder central transfira verbas às autarquias da oposição, preferindo destinar recursos aos territórios geridos pelos autarcas do partido no poder.

O principal partido da oposição  venceu em apenas três das 65 autarquias do país nas eleições de 11 de outubro, tendo a FRELIMO vencido em 61 e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a segunda maior força da oposição, em uma.

Os resultados do escrutínio têm sido fortemente contestados pela oposição, que os consideram fraudulentos, e várias organizações de observadores eleitorais assinalaram irregularidades na votação.

 Todos os 65 autarcas eleitos vão tomar posse a 7 de fevereiro.

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