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Angola garante estar preparada para travar ébola

AP | Reuters | Lusa | Wendy Bashi | tm
19 de julho de 2019

Ministra angolana da Saúde assegura que o país está preparado para travar um eventual alastramento da doença da RDCongo. Organização Mundial de Saúde declarou o estado de emergência internacional.

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Foto: imago/Xinhua

A ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, garantiu na quinta-feira (18.07.) que foram reforçadas as medidas preventivas e de controlo sanitário nos principais postos fronteiriços com a República Democrática do Congo (RDC).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu Angola para dar resposta a eventuais casos de ébola vindos da RDC, depois de declarar, na quarta-feira, o estado de emergência internacional devido à epidemia, que eclodiu há cerca de um ano.

A declaração da OMS ocorreu pouco depois de se confirmar um caso da doença na cidade de Goma, no nordeste da RDC.

Angola garante estar preparada para travar ébola

"Não muda nada"

O ministro congolês da Saúde, Oly Ilunga Kalenga, diz, no entanto, que, para o país, o anúncio da OMS "não muda nada". Há um ano que as províncias congolesas de Kivu do Norte e Ituri estão em estado de emergência por causa da epidemia.

"Não acredito sequer que a decisão tenha um grande impacto na mobilidade das pessoas e no comércio", afirmou o ministro em entrevista à DW.

"A OMS não recomendou fechar as fronteiras ou restringir o comércio. O que, se calhar, vai mudar para a população é o facto de passar a haver mais controlos nas fronteiras com os países vizinhos", acrescentou.

Apesar de aceitar a decisão da OMS, Oly Ilunga Kalenga suspeita de "pressões" externas por trás da declaração do estado de emergência de saúde.

"Creio que há pessoas que durante semanas, ou meses, pressionaram a OMS a tomar esta decisão", disse o ministro. "Em junho, a OMS foi já bastante criticada por não ter declarado o estado de emergência internacional. Vários países associaram o aumento das suas contribuições à declaração do estado de emergência."

Ebola im Kongo
Ébola já matou mais de 1.600 pessoas na RDC desde agosto do ano passadoFoto: picture-alliance/dpa/J. Delay

Embora o risco de disseminação regional continue alto, o risco fora da região permanece baixo, segundo o diretor-geral da OMS. Tedros Adhanom Ghebreyesus insistiu que a declaração não foi feita para arrecadar mais fundos, embora a OMS tenha estimado que "centenas de milhões" de dólares sejam necessários para travar a epidemia.

Mais de 1.600 pessoas morreram desde agosto passado devido ao ébola. O surto de 2014-16 na África Ocidental matou mais de 11 mil pessoas.

A OMS define "emergência internacional" como um "evento extraordinário" que constitui um risco para outros países e requer uma resposta internacional coordenada.

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