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Afonso Dhlakama promete vingar assassinato de Gilles Cistac

Nelson Carvalho / LUSA4 de março de 2015

O líder do maior partido da oposição culpa os "radicais da FRELIMO" pela morte do jurista. Eles ter-se-ão sentido "incomodados" com as teses de Cistac sobre a possibilidade de criar províncias autónomas no país.

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Líder da RENAMO, Afonso DlhakamaFoto: picture-alliance/dpa/A. Catueira

O líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, acusou os "radicais do regime" da FRELIMO de terem assassinado Gilles Cistac.

"Ele, como constitucionalista, estava a querer defender a causa do povo moçambicano. Por isso, queremos trabalhar para nos vingarmos da morte daquele senhor", disse Dhlakama, de visita à província do Niassa.

Cistac defendeu recentemente que a Constituição moçambicana possibilita a criação de províncias autónomas, prevendo a hipótese de se criarem municípios de escalão superior às cidades.

A tese deu força à exigência do maior partido da oposição moçambicana de governar nas províncias em que ganhou nas eleições gerais de 15 de outubro de 2014. Isso fez com que os "radicais" da FRELIMO ficassem "chocados", segundo Afonso Dhlakama.

O partido no poder negou estar envolvido na morte de Cistac, num comunicado citado pela agência de notícias Lusa. A Comissão Política da FRELIMO repudia as "acusações gravíssimas" reproduzidas em alguns órgãos de comunicação social e condena veementemente o "bárbaro e cobarde assassinato" do académico.

Províncias autónomas "em abril ou maio"

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Entretanto, o líder da RENAMO aventou a hipótese de não entregar o ante-projeto sobre as zonas autónomas na Assembleia da República. Dhlakama garantiu mais uma vez que a RENAMO vai começar a governar as províncias onde saiu vitoriosa nas últimas eleições gerais, anunciando, sem entrar em detalhes, que o partido já delineou a forma de administrar as regiões.

Num outro ponto da sua intervenção, Afonso Dhlakama prometeu à população do distrito de Cuamba, no Niassa, que poderá incluir esta província na zona autónoma. "Prometo, vamos chegar aqui para nomear administradores", afirmou.

Segundo o líder da oposição, as províncias autónomas poderão começar a funcionar nos próximos meses de abril ou maio.

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