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Presidente moçambicano lança projeto de emergência em Pemba

Lusa
28 de abril de 2021

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, desloca-se hoje a Cabo Delgado, norte do país, para lançamento de um projeto de emergência orçado em 82,7 milhões de euros, para apoiar a região afetada por ataques terroristas.

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Muitos deslocados de Palma encontraram refúgio em PembaFoto: DW

O chefe de Estado vai presidir em Pemba, capital provincial, à cerimónia de assinatura do acordo entre o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Mader) e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS).

Fonte governamental explicou à Lusa que o financiamento de 100 milhões de dólares (82,7 milhões de euros) foi obtido através de doação do Banco Mundial à Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), tutelada pelo Mader, cabendo ao UNOPS a implementação.

As verbas vão servir para construir unidades de saúde, escolas, entre outras infraestruturas e serviços numa província afetada por uma grave crise humanitária.

Filipe Nyusi, Präsident von Mosambik
Presidente moçambicano, Filipe NyusiFoto: DW

"A implementação do projeto de emergência pelo UNOPS visa colocar a experiência e o conhecimento desta organização das Nações Unidas ao dispor do Governo de Moçambique", detalha em comunicado a Presidência da República.

Um mês após ataque a Palma

A deslocação de Filipe Nyusi a Pemba acontece cerca de um mês após o ataque à vila de Palma (a 24 de março), que fez um número ainda indeterminado de mortes e feridos de várias nacionalidades e 28.600 deslocados internos, segundo a Organização Internacional das Migrações (OIM).

As autoridades moçambicanas recuperaram o controlo da vila, mas o ataque levou a petrolífera Totala abandonar por tempo indeterminado o recinto do projeto de gás naquele distrito com início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década.

Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo jihadista Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes segundo o projeto de registo de conflitos ACLED e 714.000 deslocados de acordo com o Governo moçambicano.

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