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Covid-19: Medicamento seria eficaz contra coronavírus

Marina Oliveto | com agências
16 de abril de 2020

Pesquisas num laboratório brasileiro apontam quebra de 94% da carga viral após 48 horas da aplicação de um medicamento não revelado em células contaminadas. Cerca de 2 mil medicamentos no mercado foram testados.

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Coronavirus im Elektronenmikroskop
Foto: picture-alliance/dpa/AP/NIAID-RML

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) do Brasil anunciou a aprovação de um protocolo de pesquisa clínica para testar os resultados positivos de um remédio que apresentou 94% de eficácia no bloqueio do ciclo viral em células infectadas pelo novo coronavírus.

Os pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) passaram a testar cerca de 2 mil remédios que já têm a eficácia comprovada para outras doenças e são comercializados em farmácias.

O método serviu para identificar possíveis drogas que atuem diretamente no tratamento da Covid-19.

Do universo de medicamentos aprovados e que são comercializados no Brasil, cinco deles apresentaram maior eficácia. Um desses medicamentos apresentou resultado considerado "altamente eficaz no combate às células infetadas pelo coronavírus in vitro”.

Os tratamentos experimentais serão realizados até meados de maio, quando os pesquisadores esperam alcançar resultados científicos que comprovem a eficácia e segurança no uso do medicamento no combate ao novo coronavírus.

Brasilien Astronaut Marcos Pontes in Sao Paulo
Ministro Marcos Pontes: "Temos boas perspectivas"Foto: picture alliance/Pacific Press Agency/M. Moraes

Solução na prateleira?

Para não prejudicar as pesquisas realizadas pelo CNPEM, o nome do medicamento que apresenta os resultados positivos para o tratamento da Covid-19 está sendo mantido em sigilo até que se comprovem os resultados.

Os pesquisadores apenas revelaram para a imprensa que o medicamento é de baixo custo e está disponível em todas as redes de farmácias do Brasil. O fármaco também não apresenta efeitos colaterais graves nos pacientes que são submetidos ao tratamento, inclusive em crianças.

Foi autorizado o início do protocolo de testes clínicos no qual serão avaliados os resultados do uso do medicamento em 500 pacientes de hospitais em Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

"Temos boas perspectivas que os resultados dessa pesquisa possam ser positivos e assim poderemos ajudar não só o Brasil, como outros países no combate à Covid-19”, afirmou o titular do MCTIC, Marcos Pontes.

No mundo, já são 2.069.819 pessoas infetadas pela Covid-19, 137.193 mortes causadas pelo vírus e 517.931 doentes recuperados da doença. Diante deste panorama, enquanto não é possível contar com uma vacina, encontrar um tratamento eficaz para o novo coronavírus é uma forma de garantir que mais vidas sejam salvas.