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PSB formaliza indicação de Alckmin para vice de Lula

8 de abril de 2022

PT e PSB oficializam o nome do ex-governador de São Paulo e ex-tucano Geraldo Alckmin para a chapa de Lula nas eleições de 2022. "Talvez ganhar eleições seja mais fácil do que recuperar o país", afirmou Lula

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Lula e Geraldo Alckmin durante reunião entre os partidos PT e PSB
Lula e Alckmin discursaram após formalização do ex-governador de SP para a chapa de LulaFoto: FELIPE ARAUJO/AFP

O PSB oficializou nesta sexta-feira (08/04) a indicação do nome do ex-governador paulista Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente na chapa de Lula (PT). A indicação foi efetivada após uma reunião com a liderança dos dois partidos num hotel em São Paulo, da qual também participaram Lula e Alckmin.

"Nós vamos precisar da minha experiência e da experiência do Alckmin para reconstruir o país, conversando com toda a sociedade brasileira", afirmou Lula. O petista e Alckmin foram adversários políticos por anos, e se enfrentaram diretamente na eleição presidencial de 2006, quando o ex-governador ainda era filiado ao PSDB.

Alckmin frisou durante o evento que "aqui foi bem explicitado o momento grave que nós estamos vivendo". E completou: "Na realidade não é hora de terrorismo, é hora de generosidade, grandeza política, desprendimento e união. Política não é uma área solitária, a força da política é centrípeta. Nós vamos somar esforços aí para a reconstrução do nosso país".

"Talvez ganhar eleições seja mais fácil do que recuperar o país"

Lula confirmou ainda que o PSB irá participar do processo de formulação do plano de governo. O pré-candidato petista disse também que "talvez ganhar as eleições seja mais fácil do que a tarefa de que teremos pela frente de recuperar esse país".

Na última pesquisa Datafolha, divulgada em 24 de março, Lula apareceu com 43% das intenções de voto no primeiro turno, contra 26% de Bolsonaro. 

A indicação de Alckmin foi formalizada numa carta do PSB para o PT. De acordo com o texto, "a composição de uma frente ampla exige a formulação de um programa de que corresponda às perspectivas das forças que a compõem, tanto em termos políticos partidários quanto o que se refere aos segmentos da sociedade civil que tal frente pretende representar".

O PSB, segundo a carta, apresentará um programa e pretende que ele seja incorporado na plataforma de Lula. "Apenas uma [chapa], contudo, pode entregar à população o muito que, com toda legitimidade, ela exige. Temos convicção de que esta chapa é a que se consolidará com as candidaturas dos companheiros Lula e Geraldo Alckmin."

A carta assinada pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira, diz que "o que estará em questão na eleição de 2022 é o confronto decisivo entre democracia e autoritarismo".

PSB espera que Alckmin tenha protagonismo

A liderança do PSB já havia aprovado a decisão de indicar Alckmin como candidato a vice-presidente na chapa de Lula. Agora, a executiva do PT precisa aprovar a indicação do ex-governador de São Paulo. Apesar dos ritos, o acordo já vinha sendo selado entre as legendas desde o final do ano passado.

Para selar a aliança, Alckmin deixou em dezembro o PSDB, partido que ajudou a fundar, e se filiou ao PSB, que é até agora a principal legenda a embarcar na campanha de Lula. Em paralelo, PSB e PT tentaram negociar uma federação, que não saiu do papel. Ela foi formada apenas entre PT, PV e PC do B.

As lideranças do PT e do PSB esperam que Alckmin tenha protagonismo na campanha para o Palácio do Planalto e também num eventual governo, embora seus papéis ainda não estejam totalmente definidos.

fc (ots)