Alemanha e EUA não querem que ajuda a Opel e GM vá para outros países
18 de março de 2009A Alemanha e os Estados Unidos não querem que recursos estatais para o resgate da General Motors e de sua subsidiária Opel acabem em outros países. A preocupação foi manifestada pelo ministro alemão da Economia, Karl-Theodor zu Guttenberg, após encontro com o secretário norte-americano do Tesouro, Timothy Geithner, na noite desta terça-feira (17/03) em Washington.
Segundo Guttenberg, é fundamental que o projeto de saneamento, a ser apresentado até 31 de março, garanta a sobrevivência do conglomerado e possa ser aceito pelos governos em Berlim e em Washington. O governo alemão se dispôs a ajudar a subsidiária alemã, desde que seja apresentado um plano viável de saneamento.
Na manhã desta quarta-feira, o presidente da GM na Europa, Carl-Peter Forster, e o presidente do conselho de fábrica da Opel na Alemanha, Klaus Franz, defenderam a causa da Opel no Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão.
Em comunicados entregues aos deputados alemães, eles defendem a importância da ajuda estatal e argumentam que os problemas da Opel são decorrentes da crise financeira e da falta de concessão de crédito. Já os governos alemão e norte-americano responsabilizam problemas estruturais pela crise na GM.
A Opel continua defendendo um desmembramento do segmento europeu e procura investidores. O ministro Guttenberg havia dito nos Estados Unidos que há interessados tanto do setor financeiro como do industrial. A representanção dos funcionários da Opel reivindica a permissão da matriz para a comercialização de seus produtos em todo o mundo. Atualmente, a Opel pode vender seus veículos apenas no mercado europeu. (RW/AS/dw/dpa)
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