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Prioridades de desenvolvimento em Moçambique

Romeu da Silva (Maputo)27 de dezembro de 2013

Analistas em Moçambique defendem que os recuros naturais devem contribuir para criar um clima de estabilidade, harmonia e paz, num país onde a exclusão social está cada vez mais evidente.

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Foto: DW

O economista moçambicano Ragendra de Sousa acredita que os recursos naturais em Moçambique devem ser um meio para manter a unidade nacional, criar harmonia e combater as desigualdades sociais. Segundo o economista, a riqueza existente no país dá a possibilidade aos moçambicanos de sonhar com um país economicamente forte.

Ragendra de Sousa sugere que os lucros vindos da exploração dos recursos naturais deveriam ser investidos em setores-chave para o desenvolvimento do país como a educação e a saúde. O economista adverte o governo para os perigos de confiança excessiva na abundância dos recursos.

Governo adormecido

“O governo fica adormecido na gestão económica do país. Promoção do comércio, industrialização, melhoria da qualidade das instituições. Fica adormecido porque há dinheiro.” E lembra que ainda há alguns passos a dar para melhorar o ambiente de negócios e tirar os moçambicanos da pobreza. “Temos de alargar a estrutura económica, criar serviços de desenvolvimento empresarial. O microcrédito é só um serviço. Falta o mais importante que é a educação comportamental.”, acrescenta o economista.

Forschungszentrum für Gesundheit von Manhica
Ragendra de Sousa, economista moçambicanoFoto: Nadia Issufo

A reforma da administração estatal é outro dos desafios. Segundo Ragendra de Sousa, o Estado devia ser reformado “de maneira a que ele possa relacionar-se com os sectores da sociedade, privado, cooperativo, sociedade civil. O Estado não é um agente anónimo, tem pessoas.”

Responsabilidades partilhadas

Por seu turno, Marcos Macamo, do Conselho Cristão de Moçambique, defende que os megaprojetos têm a obrigação de combater a pobreza, trazer harmonia e bem estar social.

“Nós temos a nossa responsabilidade como moçambicanos neste progresso. E as companhias também têm as suas obrigações”, diz.

Um outro economista que também reconhece que a pouco e pouco estão a existir desigualdades sociais apesar dos recursos naturais é Firmino Mucavele. Mucavele lembra que a exploração dos recursos ainda não está a ser feita ao máximo. Exemplos de muitos países mostram que os indicadores de boa governação pioraram por causa dos rendimentos dos recuros naturais.

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