Para além da capital provincial, Chimoio, Filipe Jacinto Nyusi, visitou os distritos de Barué, Manica, Sussundenga, Vanduzi, Gondola, Mossurize e Machaze, ou seja, o Presidente da República de Moçambique foi a oito dos doze distritos daquela província durante os três dias de campanha naquela região.
Em Machaze, este sábado (28.09), Nyusi pediu o voto e a confiança do povo e para isso relembrou o trabalho feito e reforçou as promessas. "No nosso manifesto continuamos a exortar e a priorizar a unidade nacional, a paz, a reconciliação e a democracia. Em 2014 trabalhámos para trazer a paz", começou por dizer. "Prometemos também no nosso manifesto, o desenvolvimento económico e a justiça social. Também o desenvolvimento de infraestruturas", indicou o atual Presidente da República.
Enchente em Chimoio para ouvir e ver Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique e recandidato ao posto
"Nós vamos criar um Governo orientado para o emprego, para o trabalho e ao mesmo tempo vamos criar a cultura de trabalho, porque toda a gente deve trabalhar e não reclamar, pois tudo o que necessitamos de fazer só se faz com trabalho", defendeu Nyusi.
"Nós vamos para o próximo ciclo e temos a certeza que vamos", frisou o Presidente da República de Moçambique.
Mais emprego jovem
Na quinta-feira (26.09), em Chimoio, o Presidente de Moçambique prometeu aos jovens que no próximo quinquénio pretende acabar com a exigência de cinco anos de experiência como um dos requisitos para ingressar no mercado de trabalho do Estado.
O líder garantiu ainda o recrutamento de mais três milhões de jovens para diferentes ramos de trabalho, com vista à diminuição do desemprego que apoquenta a camada mais nova do país.
Perante a enchente em Chimoio, Nyusi demonstrou-se surpreendido: "Haverá alguém que poderá dizer que Chimoio não tem gente? É possível. Será que o primeiro secretário do partido mobilizou-vos para cá em troca de motorizadas? Bicicletas? Será que vos pagou?", ironizou. "No entanto, vieram de livre vontade. Para abrilhantar o vosso partido", comentou, agradecendo logo de seguida a afluência ao "showmício" da FRELIMO.
Patrick Pouyaanne, Filipe Nyusi e Vicki Hollub, em Chimoio, na venda da participação da Occidental Petroleum à Total
Moçambique encaixa 880 milhões de dólares
Filipe Nyusi aproveitou a deslocação ao centro de Moçambique no âmbito da campanha eleitoral para fazer negócios. Moçambiquevai encaixar 880 milhões de dólares norte-americanos como resultado da venda de ativos da Anadarko à Occidental Petroleum e a entrada da Total na área 1 da Bacia do Rovuma.
O anúncio da transição dos ativos da companhia petrolífera norte-americana foi testemunhado na sexta-feira (27.09) na cidade de Chimoio pelo Presidente da República, que recebeu em audiência os executivos da Occidental Petroleum e da Total, empresas envolvidas no negócio.
Neste processo de venda, todos os cinco mil trabalhadores moçambicanos que estão na Anadarko, bem como os compromissos assumidos por esta companhia, vão passar para a responsabilidade da Total, segundo garantiu o presidente do conselho de administração e diretor executivo da empresa, Patrick Pouyaanné.
Patrick Pouyaanné manifestou interesse em contratar mais empresas moçambicanas para a prestação de serviços no âmbito dos trabalhos na Bacia do Rovuma.
Por seu turno, Vicki Hollub, presidente e diretora executiva da Occidental Petroleum, asseverou que tudo será feito para que a transição ocorra de forma tranquila.
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Campanha eleitoral em Moçambique: Província a província
Niassa: Província lembrada em período de campanha
Em época de conquistar os eleitores a oposição lembra-se que esta província do norte é marginalizada. O potencial agrícola também é chamado nos discursos dos partidos políticos. Os eleitores dizem que basta de promessas não cumpridas e manifestam desejo de ver a província, considerada esquecida, desenvolvida.
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Campanha eleitoral em Moçambique: Província a província
Cabo Delgado: Campanha em palco de ataques armados
Há mais de dois anos que esta província do norte é alvo de ataques armados organizados por homens até ao momento sem face. Caça ao voto em solo molhado de sangue e clima de terror não é com certeza a todo vapor. Mas os partidos, em áreas seguras, seguem com suas promessas. Na terra do futuro, pois alberga uma das maiores reservas de gás do mundo, os jovens exigem emprego.
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Campanha eleitoral em Moçambique: Província a província
Nampula: Tragédia em comício da FRELIMO
Mais de 10 mortos e 85 feridos foi o saldo do evento de campanha da FRELIMO no estádio 25 de junho. Mesmo assim a FRELIMO e o seu candidato não interromperam a caça ao voto, num gesto de luto. Mas reagiu imediatamente, prometendo entre outras coisas o acompanhamento aos familiares das vítimas. Aguarda-se pelo apuramento das responsabilidades. Desconfia-se que aspetos de segurança tenham falhado.
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Campanha eleitoral em Moçambique: Província a província
Zambézia: Ato macabro mancha caça ao voto
Nesta província a mobilização do eleitorado é grande, por isso a festa também é em grande. E é com a mesma proporção que desponta a violência eleitoral. Até ao momento o incêndio criminoso da casa da mãe do candidato da RENAMO às provinciais, Manuel de Araújo, é a maior mancha do processo na província central. A RENAMO acusa a FRELIMO de autoria, mas o partido no poder nega.
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Campanha eleitoral em Moçambique: Província a província
Tete: Desenvolvimento é a tónica de campanha
Os dois principais partidos, FRELIMO e RENAMO, contam promover o desenvolvimento da província central usando os recursos que a região oferece. Já o MDM dá ênfase à saúde.
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Campanha eleitoral em Moçambique: Província a província
Manica: Proximidade com o eleitor
Tal como em todo o país, as regras de afixação de cartazes eleitorais não são respeitadas nesta província central. Mas esta não é a única forma de propaganda usada pelas formações políticas, como é habitual, os candidatos vão ao encontro do eleitor com os panfletos nas mãos.
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Campanha eleitoral em Moçambique: Província a província
Sofala: Ciclone Idai faz mudança climática ser prioridade
O Idai atingiu duramente a província central em meados de abril. Até hoje o país não se refez completamente das suas consequências. O evento está a ser aproveitado para conseguir votos. Os partidos estão a prometer a um eleitorado recém afetado medidas para minimizar os impactos das alterações climáticas.
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Campanha eleitoral em Moçambique: Província a província
Inhambane: As ameaças de ex-guerrilheiros da RENAMO
É em época de caça ao voto que os guerrilheiros da RENAMO acantonados na base de Matokose, nesta província do sul, fazem ameaças. Justificam que estão descontentes com a sua liderança. Garantem que têm muito armamento, que deveria ter sido entregue às autoridades até o 21 de agosto. É neste contexto que os partidos vão trabalhando junto do eleitorado.
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Campanha eleitoral em Moçambique: Província a província
Gaza: Campanha sob o espectro da desconfiança de fraude
A caça ao voto nesta província do sul acontece mesmo sem que o caso da disparidade de números de eleitores apresentados pelo INE e STAE tenha sido resolvido. A suspeição em relação à Gaza é grande. Neste bastião da FRELIMO, onde a oposição costuma ser alvo de violência, as ações de campanha decorrem até agora com tranquilidade.
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Campanha eleitoral em Moçambique: Província a província
Maputo: Promessas ajustadas ao eleitor urbano
Redução do IVA e combate à corrupção são algumas das promessas da oposição nesta província do sul. As fraquezas do Governo da FRELIMO têm servido, até certo ponto, de armas para a RENAMO e MDM nesta campanha. Também promessas de mais emprego para uma região densamente povoada por jovens não faltam. Já a FRELIMO prefere continuar a apostar, entre outras coisas, na continuidade.
Autoria: Nádia Issufo