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++ Minuto a Minuto: Eleições na Guiné-Bissau ++

Tainã Mansani | Thiago Melo | Márcio Pessoa | Guilherme Correia da Silva | Nuno de Noronha | Iancuba Dansó (Bissau) | Fátima Tchumá Camará (Bissau) | Alison Cabral (Bissau)
4 de junho de 2023

Cerca de 900 mil eleitores foram chamados às urnas este domingo para as sétimas eleições legislativas na Guiné-Bissau. No Senegal, a votação foi adiada sine die.

https://p.dw.com/p/4SAKb
Foto: Fatima Tchuma/DW

Todas as atualizações na hora de Bissau.

 

Os principais acontecimentos do dia:

- Urnas encerraram às 17:00 e votos começaram a ser contados; CNE diz que resultados resultados provisórios serão divulgados "a partir de quarta-feira"

- Presidente Sissoco Embaló votou em Gabu e disse que só vai trabalhar "com políticos sérios"

Domingos Simões Pereira, líder da Plataforma Aliança Inclusiva - Terra Ranka, afirmou aos jornalistas que não sabe se será indicado como primeiro-ministro se a sua coligação vencer

- Fernando Dias (PRS) denunciou casos de pessoas impedidas de votar

- Braima Camará (Madem-G15), Joana Cobdé (MSD) e Botche Candé (PTG) pedem respeito pelos resultados

- Partido PAPES denuncia agressão a quatro dos seus candidatos a deputados

Deputada do MADEM-G15 acusa militantes do PRS de agredirem dois membros do seu partido durante a votação em Quinhame

- Confrontos no Senegal adiam corrida ao voto em Dacar

 

Desenvolvimentos ao minuto:

21:00 - Fica por aqui este acompanhamento ao minuto, no dia em que cerca de 900 mil eleitores foram chamados às urnas para as sétimas eleições legislativas na Guiné-Bissau. 

Obrigado por ter estado desse lado! Amanhã continuaremos a acompanhar todos os desenvolvimentos associados a este sufrágio na nossa página e no Facebook.

22:56 - O dia da votação na Guiné-Bissau ficou ainda marcado pelas declarações do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que avisou que não vai permitir protestos de rua contra os resultados eleitorais. Umaro Sissoco Embaló assumiu ser como o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

Sissoco diz que não vai autorizar que a oposição se manifeste como o que está a acontecer no Senegal, onde o opositor Ousmane Sonko lidera uma onda de protestos. "Não haverá 'Sonkos' na Guiné-Bissau, porque Kim Jong-un [Presidente Supremo da Coreia do Norte] é que é o Presidente da República neste país", afirmou.

Guinea-Bissau | Palamentswahlen | Präsident Umaro Sissoco Embalo
Umaro Sissoco Embaló, chefe de Estado guineenseFoto: DW

20:45 - O chefe da missão de observadores da União Africana, Joaquim Chissano, considerou que a votação deste domingo "correu bem" na Guiné-Bissau. O ex-Presidente de Moçambique destaca a colaboração que viu no terreno entre os partidos políticos para garantir o sucesso do pleito.



20:15 - A Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau apelou à população para se manter "calma, serena e vigilante" até à divulgação dos resultados das eleições legislativas de hoje e pediu "sentido de responsabilidade" aos partidos. 

Num comunicado de balanço lido pelo secretário-executivo adjunto Idrissa Djaló, a CNE apelou à "tolerância, serenidade e sentido de responsabilidade" de todos os atores envolvidos no processo eleitoral, nomeadamente partidos e coligações e comunicação social, e a que mantenham "uma conduta cívica exemplar" neste "momento crucial e delicado que o país vive". 

Guinea-Bissau Wahlen Wahllokal
Membros da Comissão Nacional das Eleições apuram os resultados do pleitoFoto: Fatima Tchuma/DW

A CNE considerou que as eleições decorreram "num clima de muita cordialidade, cooperação e solidariedade" e de forma "ordeira e pacífica". 

Idrissa Djaló afirmou que os resultados provisórios das eleições serão divulgados "a partir de quarta-feira". 

20:05 - Os votos continuam a ser contados, um a um, na Guiné-Bissau. Quem será o vencedor? Esta é a pergunta que todos os guineenses anseiam ver respondida. Neste vídeo, é percetível o ambiente de tranquilidade e expectativa no terreno.

Legislativas: Guiné-Bissau conta os votos

19:59 - A Célula de Monitorização Eleitoral da Sociedade Civil guineense diz não ter constatado "incidentes graves" que possam ferir a credibilidade da votação deste domingo. O grupo de organizações da sociedade civil, com 200 monitores oriundos de todo o país, faz à DW um balanço preliminar das eleições legislativas guineenses:

19:33 - À Lusa, o chefe da missão de observadores da CEDEAO, Jorge Carlos Fonseca, destacou a "participação notável" acima de 70% nas eleições legislativas de hoje na Guiné-Bissau. 

No entanto, a Comissão Nacional de Eleições ainda não divulgou os dados oficiais sobre a afluência às urnas.

18:41 - Numa altura em que se contam os votos na Guiné-Bissau, são visíveis vários aglomerados de eleitores junto às assembleias eleitorais. Os cidadãos querem acompanhar o apuramento da votação e estão na expectativa de saber os resultados deste sufrágio. O ambiente é tranquilo e não há registo de incidentes. Em baixo, duas fotos que ilustram o ambiente que se vive no país neste momento:

 

Guinea-Bissau Wahlen Wahllokal
Membro da equipa de brigadistas mostra um dos boletins de votoFoto: Fatima Tchuma/DW
Guinea-Bissau Wahlen Wahllokal
Membros da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau iniciaram o apuramento dos resultados logo após o encerramento das urnasFoto: Fatima Tchuma/DW

18:25 - Em declarações à DW, o chefe da missão de observação eleitoral da CEDEAO, Jorge Carlos Fonseca, manifestou-se satisfeito com o que viu no terreno. O ex-Presidente de Cabo Verde destaca o civismo dos eleitores guineenses demonstrado ao longo deste domingo.

Jorge Carlos Fonseca diz que viu "muitas coisas boas", mas admite "falhas" que têm que ver com os "recursos que o país tem". "É normal haver queixas, em democracia há sempre queixas. Não há eleições perfeitas", acrescentou.

17:59 - Reveja na galeria em baixo um resumo com as principais fotografias que marcaram este dia eleitoral na Guiné-Bissau.

17:47 - Com as urnas encerradas, os brigadistas da Comissão Nacional de Eleições começaram o processo de contagem de votos.

As forças de segurança estão a acompanhar todo o processo, perante o olhar atento de vários cidadãos eleitores.

O ambiente é tranquilo e de expectativa.

Guinea-Bissau Wahlen
Urnas encerraram às 17:00 (hora local)Foto: Iancuba Danso/DW

17:28 - Membros da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau visitaram esta tarde a sala de operações da Célula de Monitorização Eleitoral no âmbito do processo de acompanhamento das eleições legislativas levado a cabo pela sociedade civil guineense.

17:01 - Urnas encerraram na Guiné-Bissau. Cerca de 900 mil guineenses foram chamados hoje a escolher os 102 deputados do Parlamento e o partido que irá formar Governo, nas sétimas legislativas desde a abertura ao multipartidarismo, em 1994.

Guinea-Bissau Parlamentswahl
Mesa de voto em BissauFoto: F. Tchumá/DW

Continuamos a acompanhar neste ao minuto os desenvolvimentos que se seguem ao encerramento da votação.

16:49 - O líder do Partido da Renovação Social (PRS), a terceira maior força política no país, denuncia a circulação de cartões de eleitores falsificados e eleitores impedidos de votar. À DW, diz que o partido já apresentou queixa junto da polícia e um suspeito foi detido. Ouça em baixo:

Na entrevista exclusiva a partir de Mansoa, interior da Guiné-Bissau, Fernando Dias diz também que uma alta figura da nação "está a aliciar os militares para votarem num determinado partido".

O líder do PRS avisa: "Não temos armas, nem militares, mas temos o povo. Se alguém mexer no nosso resultado, vai receber a resposta dura sobre o seu comportamento".

16:07 - Numa declaração emitida há instantes pela Célula de Monitorização Eleitoral, o organismo constatou que as dificuldades registadas esta manhã no processo eleitoral, depois da abertura das mesas de voto, foram ou estão a ser superadas, nomeadamente "a acessibilidade das pessoas em condições especiais, ausência de agentes de segurança e de proteção em alguns círculos eleitorais, trocas de cadernos eleitorais, falta de marcadores de tinta permanente, insuficiência de cabines de votação, reclamações relativas à ausência de nomes nos cadernos eleitorais e inobservância das prioridades".

O organismo partilhou ainda, no Facebook, fotografias da visita do Cônsul Honorário da Alemanha, Carsten Wille, à sala de operações da Célula de Monitorização Eleitoral.

15:55 - Em declarações à DW, Felisberta Moura Vaz, do Secretariado Executivo da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau, refere que a capital senegalesa é o único ponto onde se registam problemas no processo de voto.

Felisberta Moura Vaz sublinha que o CNE não recebeu até ao momento nenhuma queixa em relação ao processo de voto com origem em outros círculos eleitoriais.

15:11 - O secretário executivo adjunto da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau, Idrissa Djaló, confirmou, que a votação em Dacar, no Senegal, foi adiada devido aos confrontos que ocorrem na capital senegalesa.

"A eleição não teve lugar hoje em Dacar por razões adversas da situação sociopolítica menos favoráveis que se vivem e por razões preventivas e de segurança à integridade das operações eleitorais", afirmou o juiz de Direito.

Segundo o secretário executivo da CNE, a plenária decidiu adiar a "votação para uma data oportuna", que terá de ser marcada no máximo nos próximos sete dias.

Senegal Opposition Clashes
Confrontos no Senegal fizeram, até ao momento, pelo menos 15 mortosFoto: Leo Correa/AP/picture alliance

15:06 - O chefe da missão de observação da CEDEAO, Jorge Carlos Fonseca, afirmou em declarações à Célula de Monitorização Eleitoral que o trabalho de acompanhamento que está a ser levado a cabo pela sociedade civil em toda a Guiné-Bissau é de extrema importância para a consolidação da democracia. Veja o vídeo partilhado no Facebook:

14:58 - O líder do Partido da Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau, Fernando Dias, denuncia que existem pessoas a serem impedidas de votar por não terem nomes nos cadernos eleitorais e pediu que a situação seja corrigida.

Em declarações aos jornalistas em Mansoa, Fernando Dias, candidato a deputado naquela localidade do centro da Guiné-Bissau, afirmou ter informações que apontam "para anomalias, que devem ser corrigidas, a bem do processo eleitoral".

"Fomos informados que alguns cadernos eleitorais estão com nomes trocados, mas já comunicamos a quem de direito essa anomalia para ser imediatamente corrigida porque consta que há pessoas nestas circunstâncias que estão a ser impedidas de votar", advertiu.

"Queremos umas eleições livres, justas e transparentes em cada passo", destacou o líder do PRS. 

Guinea-Bissau Parlamentswahl
Assembleia de voto em Bissau, este domingoFoto: Darcicio Barbosa/AP/picture alliance

14:32 - A Comissão Nacional de Eleições (CNE) guineense fez, há momentos, o primeiro balanço sobre a operação eleitoral a nível nacional. O seu secretário-executivo adjunto, Idrissa Djaló, garantiu que a votação está a decorrer sem problemas.

"O ambiente eleitoral está a decorrer num clima de normalidade, sem sobressaltos ou incidentes de maior amplitude", sublinhou.

Nationale Wahlkommission in Guinea-Bissau
Sede da Comissão Nacional de Eleições em BissauFoto: DW/I. Dansó

O responsável apelou "aos presidentes das mesas de assembleias de voto no sentido de controlarem cuidadosamente os cadernos e outros materiais eleitorais, de forma a permitir ao eleitor exercer com perfeição e sem constrangimento o seu dever de votar".

Segundo Idrissa Djaló, devido à situação política e social no Senegal, os guineenses residentes em Dacar, capital do país, não vão conseguir votar este domingo, e admitiu que possam fazê-lo na segunda-feira.

14:24 - Logo após exercer o seu direito de voto, Braima Camará frisou que as eleições guineenses são um momento de "celebração da democracia" em busca de uma "estabilidade consistente" da Guiné-Bissau. Reveja o momento:

14:14 - A Missão de Observação Eleitoral da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) tem 75 observadores no terreno. 

A missão pede eleições pacíficas, respeito pela Constituição da República e a necessidade de garantir transparência e justiça na condução do pleito. 

13:41 - Jorge Carlos Fonseca, ex-Presidente de Cabo Verde e chefe da missão de observação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) às eleições legislativas na Guiné-Bissau, fez ao final da manhã uma visita à sala de operações da Célula de Monitorização Eleitoral.

Jorge Carlos Fonseca foi Presidente de Cabo Verde, em dois mandatos, de 2011 a 2021. Em janeiro de 2021 tornou-se o primeiro Presidente cabo-verdiano a realizar uma visita de Estado à Guiné-Bissau. Uma delegação técnica da CEDEAO já estava no terreno há algum tempo, nomeadamente para apoio à comissão eleitoral local para a realização deste ato eleitoral.

13:25 - O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, avisou hoje que não vai permitir a contestação dos resultados das eleições legislativas. 

"Conhecemos as pessoas que não aceitam os resultados. Mas isso já acabou. Comigo não haverá mais a contestação dos resultados. O povo está a votar e quem for eleito é que vai governar. Aquele teatro de aceitar ou não os resultados, acabou", afirmou o chefe de Estado guineense.

Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau
Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-BissauFoto: DW

Após votar na região de Gabu, leste da Guiné-Bissau, Sissoco Embaló garantiu que estão reunidas as condições para que estas eleições sejam livres, justas e transparentes. Disse ainda que vai cooperar com o novo Parlamento e Governo para garantir a paz e a estabilidade, mas só vai trabalhar "com políticos sérios".

"Ninguém está acima da Justiça guineense. Para o novo Parlamento, quem for indiciado de corrupção pela Justiça terá de ir responder [a tribunal]. Não podemos estar a esconder-nos atrás da imunidade parlamentar", disse o Presidente da República.

13:21 - Botche Candé, líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG) e atual ministro da Agricultura, votou esta manhã na cidade de Bafatá, leste da Guiné-Bissau. Apelou aos líderes políticos que aceitem os resultados da votação em curso. E disse esperar uma sã convivência entre o Presidente Umaro Sissoco Embaló e quem for eleito.

13:18 - A Célula de Monitorização Eleitoral fez, há minutos, uma conferência de imprensa sobre a abertura das mesas de assembleia de voto, encabeçada por Paula Silva Melo.

A responsável dá conta de ligeiros atrasos no momento do arranque do sufrágio, bem como a falta de algum material em algumas mesas de voto.

13:11 - A Presidência da República da Guiné-Bissau acaba de publicar no Facebook imagens do General Umaro Sissoco Embaló a exercer o seu direito de voto. O Chefe de Estado votou esta manhã, em Gabu.

 

13:05 - Já votou a única mulher candidata ao cargo de primeiro-ministro nestas eleições da Guiné-Bissau.

Joana Cobdé, presidente do Movimento Social Democrático (MSD), apela à paz. Disse ainda que o povo e os políticos devem trabalhar para a estabilização da Guiné-Bissau, "porque o país está cansado".

Joana Cobdé, presidente do MSD
Joana Cobdé, presidente do MSDFoto: I. Dansó/DW

"Se continuarmos a brigar, quem é que vai estabilizar este país?", questionou a líder partidária.

12:57 - Eleitores guineenses no Senegal ainda não começaram a votar, alegadamente por questões logísticas, apurou a DW junto de fonte oficial. Contactada pela DW, a Comissão Nacional de Eleições prometeu pronunciar-se sobre o assunto logo após uma reunião da plenária sobre a situação da votação no Senegal.

Devido à crise política no Senegal, os membros da mesa estarão com dificuldades em encontrar um local seguro para colocar as urnas.

12:47 Cerca de três horas após a abertura das mesas de assembleias de voto, a Célula de Monitorização Eleitoral relata algumas dificuldades durante a votação. Entre essas, a dificuldade de acessibilidade para pessoas em condições especiais, a ausência de agentes de segurança e proteção em alguns círculos eleitorais e as trocas de cadernos eleitorais.

Outros problemas destacados foram a insuficiência de cabines de votação e reclamações relativas a ausência de nomes nos cadernos eleitorais.

A célula avança que prosseguirá com os trabalhos da monitorização no terreno em todo o território nacional e, às 16:00 (local local) vai emitir um comunicado de imprensa com os dados atualizados.

12:34 - À DW África, eleitores falam sobre a importância do voto nestas eleições e dizem que desejam "mudança" para "ultrapassar a tempestade" da Guiné-Bissau. Acompanhe: 

12:25 - O líder do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Braima Camará, votou em Bissau. "Hoje é o dia da celebração da democracia, da paz e da estabilidade", afirmou o líder da segunda maior força política guineense.

"Quero dizer aos meus concidadãos, aos meus irmãos guineenses, que hoje é um dia muito importante, um dia particular, o dia da celebração da democracia, da paz, para que possamos encontrar a estabilidade consistente e duradoura que o país quer", afirmou Braima Camará, cujo partido está no Governo. 

Braima Camará, coordenador do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15)
Braima Camará, coordenador do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15)Foto: A. Cabral/DW

O líder falava aos jornalistas no centro de Bissau, junto à Praça do Heróis Nacionais, onde exerceu o seu direito de voto. "Aproveito para fazer um apelo para que todos os guineenses votem em massa para que não possa haver quaisquer dúvidas para quem quer que seja. Esta é vez da Guiné-Bissau, está é a hora da Guiné-Bissau, esta vai ser a consolidação da mudança, da revolução histórica, que o Madem começou em 2018", sublinhou. 

12:00 - Em Cabo Verde, os eleitores guineenses inscritos para estas legislativas esperam que o processo decorra normalmente e que os resultados sejam respeitados:

"Espero que estas eleições decorram bem, dentro da normalidade. Não podemos votar errado porque é cada vez mais miséria, dificuldades", descreveu à agência de notícias Lusa Albino Djassi.

"A realidade que está a acontecer na Guiné é clara e é necessária uma mudança, mas de uma forma a permitir ao partido vencedor trabalhar com maior eficiência", perspetivou o professor Carlos Djassi. 

11:00 - O comissário de polícia, Salvador Soares, disse que sentiu-se impressionado com a visita que fez à sala das operações da Célula de Monitorização Eleitoral, e afirmou que tudo farão para garantir a segurança até ao empossamento do novo governo. Acompanhe: 

10:57 - Em Lisboa, Portugal, os eleitores que votaram esta manhã na Embaixada guineense enfrentaram uma longa fila e muita confusão. A CNE admitiu que não foi fácil gerir a situação, mesmo com a ajuda da polícia portuguesa. Acompanhe: 

Guinea-Bissau Parlamentswahl
Domingos Simões Pereira vota em BissauFoto: Iancuba Dansó/DW

10:48 - Domingos Simões Pereira, o líder da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka, já votou em Bissau.

Em relação à credibilidade do processo eleitoral, deixou um aviso: "O único 'temor' que poderá haver nas eleições é a eventualidade de alguém querer brincar com a vontade expressa pelo povo guineense. Espero que tenhamos o bom-senso para não incorrer neste tipo de brincadeira", disse.

"O meu temor é alguém querer brincar com os resultados"

No dia 19 de maio, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, anunciou que não iria nomear Domingos Simões Pereira para o cargo de primeiro-ministro em caso de vitória da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka nas eleições legislativas deste domingo.

10:36 - As eleições na Guiné-Bissau serão justas e transparentes? "Eu ganhei as eleições como opositor. Dá para ver a transparência do nosso sistema", disse o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, pouco depois de exercer o seu direito de voto na região de Gabu, no nordeste da Guiné-Bissau.

10:17 - Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, acaba de votar na região de Gabu. Dezenas de pessoas acompanharam no terreno a votação do chefe de Estado.

Ao chegar, de óculos de sol e máscara, Sissoco Embaló cumprimentou os membros da assembleia de voto, posou para as câmaras dos jornalistas e depositou o seu voto na mesa 1, no distrito eleitoral 85. Em declarações à imprensa, o Presidente apelou ao voto dos eleitores guineenses, de uma forma "cívica e ordeira".

O chefe do Governo, Nuno Gomes Nabiam, do APU-PDGB, vota em Bissorã, na região de Oio.

Braima Camará, líder do MADEM-G15, deverá votar por volta das 11h, também na capital.

O cabeça de lista do PRS, Florentino Mendes Pereira, vai votar na região de Cacheu, concretamente em Canchungo, no noroeste da Guiné-Bissau.

10:00 - A chefe da diplomacia guineense, Suzi Barbosa, votou esta manhã e compartilhou o momento na sua página no Facebook:

"Acabo de exercer o meu dever cívico, que também é um direito constitucional. Escolher o partido que irá formar o Executivo que vai governar o país nos próximos 4 anos. Uma decisão de responsabilidade que irá determinar o futuro da Guiné-Bissau e dos guineenses", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau.

09:50 - Está a todo o vapor o trabalho da Célula de Monitorização Eleitoral. A célula tem trabalhado com mais de 250 agentes, incluindo os 200 monitores no terreno, de diferentes organizações da sociedade civil, para a constatação das eventualidades que possam afetar o desenrolar do presente processo eleitoral.

09:43 - Em Portugal, na Amadora, já votaram cerca de 40% dos 205 eleitores, revelou ao correspondente da DW África no local, João Carlos, o presidente da mesa, Aguibo Alcanjo Djata.

Neste país europeu foram disponibilizadas 22 mesas de voto: seis na embaixada em Lisboa, duas na Amadora, Tapada das Mercês, Monte Abarão, Odivelas, Cascais, Apelação (Loures) e no Vale da Amoreira (Moita), e uma no Porto e no Algarve. 

09:32 - E como está a participação do eleitorado feminino nestas legislativas em Bissau? O recenseamento eleitoral, realizado este ano, indica que, no total, foram recenseados 893.618 eleitores, dos quais 459.609 são mulheres, que já estão a marcar sua presença na capital guineense.

Guinea-Bissau Parlamentswahl
Eleitorado feminino nestas legislativas em BissauFoto: Iancuba Dansó/DW
Guinea-Bissau Parlamentswahl
Mulheres aguardam momento do voto em BissauFoto: Iancuba Dansó/DW

Mas a organização "Midjers di Guiné, No Lanta" considerou que a participação das mulheres guineenses no poder -  como candidatas ou governantes - ainda está muito aquém do determinado pela lei, apesar de representarem a maior parte da população.

Isso também apesar de o Parlamento ter aprovado, no início de agosto de 2018, uma lei que fixa uma quota mínima de 36% de mulheres - que representam mais de metade da população - nas listas de candidaturas para cargos eletivos. 

09:21 - No Facebook, a deputada Salomé dos Santos Allouche, do MADEM-G15, acusou militantes do PRS de agredirem dois membros do seu partido durante a votação em Quinhamel, na região de Biombo.

De acordo com a publicação da deputada, "os jovens foram intencionalmente agredidos e feridos por parte dos apoiantes do candidato do PRS que circulavam armados numa viatura cabine dupla com vidros escuros".

08:57 - Partido PAPES denuncia agressão a 4 dos seus candidatos a deputados: Um dirigente do Partido Africano Para Paz e Estabilidade Social (PAPES) da Guiné-Bissau, Ulisses Monteiro, disse hoje que quatro dos candidatos a deputados do partido foram "brutalmente agredidos" em Bissau por apoiantes de um partido concorrente. 

Monteiro, diretor de campanha do PAPES, explicou que os candidatos a deputados foram agredidos na sexta-feira à noite quando regressavam do comício de encerramento da campanha eleitoral e vinham a passar numa rua onde um outro partido realizava a mesma atividade política. 

"Foram brutalmente agredidos, até com garrafas na cabeça", afirmou o dirigente do PAPES. 

08:45 - No Twitter, o sociólogo guineense Miguel de Barros destacou o "alto grau de civismo" dos eleitores na votação. E que todos estão "atentos a fiscalizarem o ato".

08:41 - As primeiras horas de votação no bairro de Quelele, na capital, foram registadas pela correspondente da DW África no local, Fatima Tchuma Camara:

Eleições legislativas na Guiné-Bissau - bairro de Quelele
Foto: F. Tchumá/DW
Eleições legislativas na Guiné-Bissau - bairro de Quelele
Foto: F. Tchumá/DW
Eleições legislativas na Guiné-Bissau - bairro de Quelele
Foto: F. Tchumá/DW

08:21 - Na rede social Twitter, surgem críticas sobre a restrição à circulação neste dia de eleições, como a deste internauta:

08:00 - Vários candidatos a estas eleições vão votar ainda esta manhã, alguns em Bissau e outros no interior do país. O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, vai exercer o seu direito de voto em Gabu, no leste da Guiné-Bissau.

07:25 - O ambiente é tranquilo em Bissau no dia das eleições. Apenas é permitida a circulação de viaturas autorizadas pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Ministério do Interior, nomeadamente as viaturas da imprensa, dos bombeiros, da CNE, dos militares e paramilitares em serviço.

Eleições legislativas na Guiné-Bissau
Foto: Iancuba Dansó/DW
Eleitores votam nas sétimas legislativas na Guiné-Bissau
Foto: Iancuba Dansó/DW
Eleições legislativas na Guiné-Bissau
Foto: Iancuba Dansó/DW

07:12 - O correspondente da DW, Iancuba Dansó, relata que a votação arrancou em várias mesas de voto a nível nacional, mas que está atrasada em algumas, como nesta, em Bissau. Mas há filas ordeiras, ambiente tranquilo e tudo a postos para o início do ato no local. 

07:00 - Urnas abertas em Bissau para as sétimas eleições legislativas desde a abertura ao multipartidarismo no país! Acompanhe ao longo do dia, ao minuto, toda a informação com a DW Português para África.

06:00 - Votação arranca em Portugal, onde o número de eleitores guineenses recenseados para as eleições legislativas de 04 de junho mais do que triplicou desde 2019, para 7.789, disse o embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa. As urnas estarão abertas entre as 07h00 e 17h00 locais. 

05:55 - Na noite deste sábado (03.06), o comando-geral da Polícia de Ordem Pública da Guiné-Bissau fez uma conferência de imprensa para anunciar as medidas que vão vigorar no dia das eleições legislativas para preservar a ordem pública no país. Assista aqui:

05:52 - A Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka e o Partido de Renovação Social, candidatos às legislativas deste domingo, denunciaram ontem falta de livre-trânsito para viaturas de delegados que fiscalizarão escrutínio. 

A representante do Partido Renovação Social (PRS) na comissão não-permanente da CNE, Maria Inácia Mendes, também manifestou preocupação com a "situação". Já a porta-voz da CNE, a juíza desembargadora Felisberta Moura Vaz, destacou que a CNE assina os livre-trânsito em conjunto com o Ministério do Interior.

05:50 - Um dia antes das eleições legislativas, a porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, Felisberta Moura Vaz, advertiu que a lei eleitoral pune quem não cumprir com o dia de reflexão para as legislativas de domingo. 

A porta-voz da CNE da Guiné-Bissau, Felisberta Moura Vaz
A porta-voz da CNE da Guiné-Bissau, Felisberta Moura VazFoto: DW/F. T. Camara

"Não se devia fazer campanha e nenhum tipo de debate de caça ao voto. Estou a ter essa informação", afirmou ela aos jornalistas, quando questionada sobre o facto de alegadamente alguns partidos não terem respeitado o horário do dia de reflexão no último de campanha eleitoral, na sexta-feira, e prolongado ações para as primeiras horas de sábado, incluindo a televisão nacional. 

05:47 - E o que dizem os eleitores guineenses em Cabo Verde?  

Eleições: Guineenses em Cabo Verde esperam "mudanças"

A DW África ouviu residentes do arquipélogo, onde mais de dois mil eleitores estão inscritos para votar. Muitos dizem que querem que as eleições legislativas de 4 de junho sejam um momento de viragem para o país.

De acordo com os dados preliminares do primeiro inquérito sobre a população estrangeira e imigrante em Cabo Verde, publicados em dezembro, a Guiné-Bissau é a maior comunidade estrangeira residente em Cabo Verde (33,7%), estimando a existência de cerca de 11 mil imigrantes ou estrangeiros no país. 

05:45 - Em Angola, também a comunidade guineense residente faz votos de que as eleições legislativas de 4 de junho decorram dentro dos princípios da liberdade, pede tolerância pelas diferenças e respeito pelos resultados.

Angola Filomeno Pires, Guineer mit Wohnsitz in Angola
Foto: José Adalberto/DW

Mas Filomeno Pires, residente em Angola há mais de duas décadas, vê com apreensão o desenrolar da campanha eleitoral no seu país. "Nós estamos a acompanhar o processo eleitoral todo, que já parte com vícios," disse ele.

Clique aqui para ler a reportagem sobre as expectativas dos guineenses em Angola sobre as legislativas. 

05:40 - Estas eleições vão resolver os problemas dos guineenses? Entre o ceticismo e o otimismo, os guineenses decidem que país querem ter. A ativista social Telma Seidi, por exemplo, teme que, com os políticos atuais, a Guiné-Bissau não avance. Assista aqui ao debate especial sobre as sétimas legislativas guineenses:

Estas eleições vão resolver os problemas dos guineenses?

05:35 - Os principais partidos na corrida eleitoral são o Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15), atualmente no Governo, a coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, na oposição), o Partido de Renovação Social (PRS) e o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG).

O que prometem os principais partidos? Clique aqui para saber mais.  

05:25 - As urnas abrem às 07:00 locais e encerram às 17:00 e haverá 3.524 mesas de voto, no país e na diáspora.

05:15 - Cerca de 200 observadores estão na Guiné-Bissau para acompanhar a votação deste domingo. O ex-Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, lidera a missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). Na sexta-feira, Fonseca reuniu-se com outros observadores e também com o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Biagé Na N’Tan.

05:10 - A DW Português para África acompanha, ao minuto, neste domingo (04.06), tudo o que precisa de saber sobre as eleições de hoje na Guiné Bissau! 

05:05- Cerca de 900 mil eleitores guineenses escolhem hoje os novos deputados e o partido que vai formar o Governo entre 20 partidos e duas coligações, nas sétimas legislativas desde a abertura ao multipartidarismo, em 1994.

Em 16 de maio de 2022, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o parlamento e marcou inicialmente as eleições para 18 de dezembro desse ano, mas as legislativas foram depois remarcadas para 04 de junho.