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Governo preocupado com origem e conservação de medicamentos

15 de agosto de 2018

O Executivo está preocupado com a proliferação de farmácias que comercializam medicamentos de proveniência duvidosa. Farmacêuticos explicam que não são responsáveis pela importação de medicamentos.

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O negócio das farmácias está em expandão em MoçambiqueFoto: DW/J. Beck

Em Moçambique, está instalado o braço-de-ferro entre Governo e farmácias privadas. O Governo critica as farmácias privadas pela falta de conservação de medicamentos e duvida da proveniência dos fármacos. Só no ano passado, foram detetadas 65 farmácias onde se registavam várias anomalias e foram aplicadas multas equivalentes a 3500 euros.

O negócio das farmácias está em expansão no país e, em altura de crise, tem estado a responder à falta de medicamentos nos hospitais públicos. Mas as autoridades dizem estar atentas à venda de medicamentos em circuitos duvidosos.

"Nas nossas atuações temos colhido uma amostra de um certo número de produtos e depois pedimos que a farmácia nos prove a proveniência desses produtos. Muitas das vezes, quando não nos provam a proveniência, apreendemos os produtos e e aplicamos  a multa", explicou o inspetor nacional da Saúde, Castro Lole.

As autoridades sanitárias moçambicanas queixam-se de frequentes roubos de medicamentos do Serviço Nacional de Saúde, que muitas vezes se destinam ao setor privado.

Governo fiscaliza farmácias para saber origem de medicamentos

Por causa da falta de medicamentos nos hospitais públicos, muitos utentes recorrem às farmácias privadas porque lá encontram o que querem. O problema é que cada farmácia fixa o seu preço.

Farmacêuticos negam acusações

Por seu lado, as farmácias privadas negam as acusações do Governo sobre a venda de medicamentos de proveniência duvidosa. O proprietário e técnico de farmácia Januário Jamisse explicou que não cabe às farmácias importar remédios.

"Existem entidades e empresas legisladas para para fazerem a importação de medicamentos e nós vamos até ao importador e fazemos a aquisição do medicamento", afirmou Januário Jamisse.

Os farmacêuticos explicam ainda que a má conservação dos fármacos tem a ver com os técnicos que não têm qualificação para lidar com esta e outras situações.

Segundo a farmacêutica Zita Goveo problema são falsos técnicos que chegam até a receitar medicamentos não adequados aos doentes.

"Sei que existem falsos técnicos em algumas  farmácias. Mas o ministério tem de fazer mais vasculhas porque existem. Já me deparei com uma situação igual quando passei por uma farmácia e vi", contou à DW África.

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