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Aristides Gomes apresenta queixa por difamação

Lusa
23 de junho de 2021

Aristides Gomes apresentou uma queixa contra dois deputados da Guiné-Bissau por difamação, depois de ter sido acusado de vender passaportes a cidadãos paquistaneses. Os parlamentares são do MADEM-G15, partido no poder.

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Guinea-Bissau und der Premier Minister
Foto: DW/B. Darame

"Aquilo que esperamos é que Aristides Gomes seja completamente ilibado das acusações, das calúnias, que lhe foram feitas", afirmou aos jornalistas, esta quarta-feira (23.06), o advogado de Aristides Gomes, que se encontra fora da Guiné-Bissau, depois de ter estado quase um ano refugiado na sede da ONU, em Bissau.

Em causa, segundo Carlos Pinto Pereira, estão declarações feitas pelos deputados Bamba Banjai e José Carlos Semedo, do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), de que Aristides Gomes, na qualidade de primeiro-ministro, teria alegadamente vendido passaportes a 14 cidadãos paquistaneses.

O advogado explica também que os dois deputados afirmaram que os passaportes foram vendidos por cerca de 504 mil euros e que o "dinheiro resultante dessa venda foi colocado numa conta pertencente ao PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde".

Afrika Das Parlament vom Guinea Bissau
Aristides Gomes apresentou queixa contra dois deputados do MADEM-G15Foto: DW/B. Darame

Apresentar provas

"Iremos convidar estes senhores a fazerem prova daquilo que dizem e temos absoluta certeza que serão incapazes de provar em tribunal aquilo que disseram", afirmou advogado, salientando que a equipa de advogados de Aristides Gomes irá aguardar serenamente pelos "tribunais e o Ministério Público".

Nas declarações à imprensa, o advogado apelou também ao novo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, juiz conselheiro Mamadú Saido Balde, para que seja dado andamento a processos que deram entrada naquele tribunal.

"Infelizmente os processos que têm estado dar entrada naquele tribunal não têm andamento. Queremos acreditar que o que anunciou como um novo fôlego no Supremo Tribunal de Justiça será uma realidade e com isso teremos a apreciação de casos que temos pendentes no Supremo Tribunal de Justiça, nomeadamente o processo relativo à confirmação da eleição de Armando Mango como primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular, que até ao momento presente não teve qualquer seguimento", salientou.

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