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ConflitosSudão

Sudão: Assinatura do acordo para transição é adiada

AFP
1 de abril de 2023

Assinatura de acordo para relançar transição democrática no Sudão foi adiada hoje para 6 de abril. Civis e militares tinham prometido se reunir neste sábado para regresso ao "status quo" antes do golpe de Estado de 2021.

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Sudan Khartum | Protest gegen die Machtübernahme durch das Militär
Foto: Ashraf Shazly/AFP/Getty Images

Khaled Omar Youssef, um dos funcionários civis presos durante o golpe de estado do General Abdel Fattah al-Burhan, hoje porta-voz do processo político que reúne militares e civis, anunciou neste sábado uma nova reunião.

Após semanas de encontros sobre as várias questões espinhosas que dividem os militares, paramilitares e civis, todos eles deveriam reunir-se hoje para a assinatura de um documento final delineando a transição para um governo civil e eventualmente a eleição de instituições democráticas.

Em vez disso, estão reunidos para "acordar uma nova data para a assinatura do acordo político final, que não pôde ser assinado" devido "à falta de consenso sobre certas questões", disse Youssef numa declaração.

Sudan Pro-Demokratische Protesten
A luta pelo poder no Sudão tem sido entre civis e militares desde o fim da ditadura de Omar al-Bashir, em 2019Foto: Ashraf Idris/AP Photo/picture alliance

Luta pelo poder

Desde o fim da ditadura de Omar al-Bashir em 2019, a luta pelo poder no Sudão tem sido entre civis e militares. Hoje, dois generais disputam a liderança: Burhan e o seu segundo no comando, Mohamed Hamdane Daglo, conhecido como o chefe das Forças de Apoio Rápido (RSF).

A reforma das forças de segurança, ou seja, a integração dos paramilitares nas tropas regulares, é o ponto de discórdia entre os dois homens.

Na semana passada, ambos tinham aparecido lado a lado em Cartoum para a abertura de discussões sobre esta reforma. Mas os dois homens já não estavam presentes hoje, nem a maioria dos seus tenentes próximos, ao final das discussões que, segundo os observadores, estão paradas, uma vez que os dois generais não têm o mesmo calendário ou modalidades para a integração dos paramilitares.

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