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PolíticaBurkina Faso

CEDEAO condena golpe de Estado no Burkina Faso

Lusa | bd
1 de outubro de 2022

CEDEAO condenou "de forma enérgica", o golpe de Estado no Burkina Faso, onde militares destituíram esta sexta-feira a Junta Militar que tinha assumido o poder há oito meses.

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Burkina Faso | Militärputsch
Foto: Olympia de Maismont/AFP

A Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou hoje, "de forma enérgica", o golpe de Estado no Burkina Faso, onde militares destituíram esta sexta-feira a Junta Militar que tinha assumido o poder há oito meses.

Em comunicado, divulgado pelo presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, que preside atualmente a conferência de chefes de Estado da organização, a CEDEAO considera como "inoportuno este novo golpe de Estado" num momento em que se "registaram progressos" no Burkina Faso.

A CEDEAO destaca ações diplomáticas e esforços que estava a empreender naquele país para o seu "regresso metódico à ordem constitucional o mais tardar até julho de 2024", lê-se no comunicado datado de Abuja, Nigéria, sede da organização.

"A CEDEAO reafirma a sua oposição, sem reserva, a todas as formas de tomada e manutenção do poder por meios inconstitucionais e exige o respeito escrupuloso do cronograma fixado com as autoridades de transição para o retorno rápido à ordem constitucional, o mais tardar até dia 1 de julho de 2024", destaca o comunicado.

Burkina Faso | Militärputsch
Militares anunciaram golpe de EstadoFoto: RADIO TELEVISION BURKINA FASO/REUTERS

A CEDEAO adverte as instituições, forças ou grupos de pessoas que possam realizar atos que coloquem em causa o calendário de retorno à ordem constitucional ou que possam colaborar para a fragilização do Burkina Faso e da região.

Informações a partir de Ouagadougou, a capital do Burkina Faso, indicam que militares liderados pelo capitão Ibrahim Traoré, anunciaram hoje na televisão estatal que destituíram o tenente-coronel, Paul-Henri Sandaogo Damiba, líder da Junta Militar que, em janeiro passado, havia dado um golpe de Estado contra o Presidente eleito, Marc Roch Kaboré.

Damiba apresentou como motivo para a assunção do poder por militares por alegada incapacidade de Kaboré em lidar com a luta do país contra os jihadistas islâmicos e hoje Traoré acusou o líder da Junta da mesma fraqueza.

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