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Brasil apreende milhões de euros e joias de Teodorin Obiang

Lusa | nn
16 de setembro de 2018

A polícia federal brasileira aprendeu na sexta-feira (14.09) mais de 13,7 milhões de euros, em dinheiro e joias, à delegação que acompanhava o filho do Presidente da Guiné-Equatorial num aeroporto do Brasil.

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Äquatorialguinea Teodoro Obiang Nguema Mangue
Foto: Getty Images/AFP/A. Senna

Segundo a edição online do jornal brasileiro "Estadão", a polícia federal apreendeu quase 1,5 milhões de dólares (1,3 milhões de euros) em notas numa mala e cerca de 20 relógios de luxo noutra. No total, as autoridades brasileiras estimam a apreensão no valor de 13,7 milhões de euros.

Teodoro Nguema Obiang Mangue, conhecido como Teodorin, vice-presidente da Guiné-Equatorial e filho de Teodoro Obiang Nguema, no poder há 39 anos, integrava uma delegação de 11 pessoas que chegou na sexta-feira (14.09), a bordo de um avião privado, ao aeroporto de Viracapos, em Campinas, perto de São Paulo.

Segundo a também brasileira "TV Globo", a delegação não estava em missão oficial, pelo que apenas Teodorin beneficiava de imunidade diplomática. 

A bagagem da restante delegação foi inspecionada e as pessoas interrogadas, enquanto o vice-presidente esperava num automóvel, no exterior do aeroporto.

Segundo a lei brasileira, a entrada no país de dinheiro em espécie está limitada a 10.000 reais, que correspondem a cerca de 2.400 dólares ou 2.000 euros.

Dinheiro serviria para pagar tratamento médico

Fonte diplomática equato-guineense citada pelo Estado de São Paulo explicou que Obiang transportava aquela quantidade de dinheiro para pagar um tratamento médico e custear a hospedagem num hotel de luxo e que os relógios são de "uso pessoal" do vice-presidente, tendo as suas iniciais gravadas.

A delegação do vice-presidente da Guiné-Equatorial terá informado às autoridades brasileiras que seguiria depois para Singapura em missão oficial.

Segundo o jornal brasileiro, Teodorin viaja frequentemente para o Brasil, onde é "conhecido por promover festas extravagantes e até por patrocinar uma escola de samba no Carnaval carioca".

Teodoro Nguema Obiang Mangue foi condenado em França em outubro de 2017 a três anos de prisão, com pena suspensa, por branqueamento e desvio de fundos públicos.

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