Anemia falciforme, uma doença que mata 200 mil crianças por ano em África
A doença recebe o nome de "anemia falciforme" porque as hemácias - células do sangue - adquirem uma forma de foice, com má formação genética, que leva os portadores da doença à anemia profunda, ao inchaço do baço e ao derrame. Em casos de jovens adultos, as infecções são manifestações comuns, a exemplo de úlcera nas pernas. Outra consequência, em alguns casos, é o chamado "priapismo", uma disfunção sexual quando o homem sofre de erecção permanente e dolorosa, que é involuntária, não relacionada com o prazer.
O médico Nélio Januário, que coordenou o Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme, chama a atenção para que a doença seja detectada o mais cedo possível. O exame deve ser feito pelo "teste do pezinho", durante a segunda semana de vida da criança.
A relação indirecta da doença com a malária
A interacção do ambiente, muito fortemente atingido pela malária, faz com que o organismo procure uma reacção de protecção, que por sua vez surge na forma de doença falciforme. Ainda assim, isso não quer dizer que a pessoa com doença falciforme esteja protegida contra a malária.
Esta doença não tem recebido a atenção devida por parte dos médicos e cientistas de países industrializados, provavelmente porque atinge sobretudo as populações africana e afro-descendente.
Conheça melhor a Anemia Falciforme neste Programa Contraste, da autoria de Camila Campos.