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Terminou neste domingo (08.03) a Feira Internacional de Turismo de Berlim. Cabo Verde e Moçambique tentam recuperar as quedas do último ano, Angola quer expandir e São Tomé e Príncipe tem nova estratégia para o setor.
No stand de Cabo Verde na Feira Internacional de Turismo de Berlim (ITB), os expositores trabalharam duro para consolidar a imagem positiva do país. O turismo representa mais de 20 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago, que viu, em 2014, o número de visitantes diminuir em 2,3 por cento.
Nuno Martins, administrador-executivo da Cabo Verde Investimentos, tem uma explicação: "Toda a problemática do ébola afetou, e de que maneira, toda aquela região africana. Inclusive países que estão milhares de milhas afastados de onde o ébola teve maior impacto foram afetados".
Ainda em 2014, uma das principais atrações da ilha do Fogo foi também responsável pela quebra no turismo local. A erupção do vulcão, adormecido há quase duas décadas, provocou destruições, desalojou centenas de famílias e tirou o roteiro dos planos de muitos viajantes.
"Quem tem conhecimento não total da informação, como é óbvio, não visita a ilha. As empresas que vendem o pacote tiveram uma quebra em termos de procura porque a ilha estava numa situação de contingência", afirma o administrador-executivo da Cabo Verde Investimentos.
Agora, Cabo Verde intensifica esforços para que 2015 seja um ano melhor para o setor.
Angola
A vocação angolana continua a ser o turismo de negócios, segundo a diretora-técnica do Instituto de Fomento Turístico (INFOTUR), Laureth da Silva. Luanda seria o destino de 60 por cento dos visitantes.
Daí que o Executivo tenha investido em infraestruturas na capital e no entorno. Exemplos seriam "o calçadão na Baía de Luanda, os lodges em Cabo Ledo, Ilha do Mussulo e pequenas infraestruturas hoteleiras nestes locais".
Com a participação na ITB e em outros eventos turísticos a nível mundial, pretende-se expandir a vocação angolana.
Moçambique precisa melhorar a imagem
Moçambique recebeu 100 mil turistas a menos em 2014, em comparação com o ano anterior. O diretor-geral do Instituto Nacional do Turismo de Moçambique (INOTUR), Hiuane Abacar, reconhece que a instabilidade política teve impactos no setor.
"Não há dúvidas que a questão de instabilidade em Muxúnguè, que é localizada, prejudicou os números no seu todo. Acreditamos que, se não tivéssemos tido aquela situação, os números seriam mais elevados", admite.
Abacar está confiante quanto a 2015 e a presença do país na ITB, tem objetivos estratégicos.
"Levar o máximo possível de turistas alemães a Moçambique; divulgar o máximo possível a imagem positiva e prestigiosa de Moçambique; dizer à Alemanha, à Europa e ao mundo, aqui na ITB, que Moçambique ainda mantém oportunidades de investimento", enumera Hiuane Abacar.
São Tomé e Príncipe destaca investimentos de nacionais
Apesar de ocupar um espaço pequeno na ITB, São Tomé e Príncipe comemora os resultados no setor turístico. Foram seis mil visitantes a mais em 2014, em comparação com o ano anterior.
Além dos tradicionais roteiros de sol e mar, a diretora-geral de Turismo e Hotelaria do país, Mírian Daio, revela que seu país aposta agora numa nova estratégia.
Segundo ela, as atrações em destaque seriam "a observação de pássaros, tartarugas e golfinhos, que têm sido bem aceites".