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Niassa: Deslocados regressaram às zonas de origem

Lusa
12 de maio de 2022

O secretário de Estado do Niassa, norte de Moçambique, disse que "toda a população deslocada" devido aos ataques armados no distrito de Mecula já regressou às suas zonas de origem e vive num "ambiente calmo".

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Casas foram atacadas por homens armados em Mecula, no início do anoFoto: Privat

"Toda a população deslocada que se encontrava na sede distrital de Mecula já retornou às suas zonas de origem e neste momento vive num ambiente relativamente calmo", disse esta quinta-feira (12.05) Dinis Vilanculos, durante uma cerimónia de entrega de viaturas à Polícia da República de Moçambique.

Para o secretário de Estado, a "entrega" e a forma "valente" com que as forças de defesa combateram os insurgentes em Mecula foi importante para o regresso dos 3.700 habitantes que tinham fugido devido aos ataques registados na região entre dezembro e janeiro.

Mecula foi palco de ataques de grupos armados que o Governo moçambicano assume que fugiram da província vizinha de Cabo Delgado, onde forças moçambicanas e internacionais têm colocado os insurgentes sob pressão.

No dia 19 de abril, a Reserva Especial do Niassa anunciou a retoma de atividades turísticas, depois de terem sido suspensas devido a violência armada, que causou a morte de um fiscal da área de conservação.

Ataques armados desde 2017

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Há 784 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a SADC permitiu recuperar zonas onde havia presença de rebeldes, mas a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como passagem ou refúgio temporário.

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