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PolíticaAlemanha

Baerbock promete defender segurança da Ucrânia e da Europa

cm | com agências
18 de janeiro de 2022

Ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha visita Kiev numa altura em que aumenta a tensão com a Rússia. Baerbock já deixou claro que a Alemanha tudo fará para garantir a segurança da Ucrânia e da Europa.

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Annalena Baerbock e homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, em Kiev
Annalena Baerbock e homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, em KievFoto: Janine Schmitz/photothek/picture alliance

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, reuniu-se esta segunda-feira (17.01), em Kiev, com o homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba.

A viagem da chefe da diplomacia alemã assinala o 30.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre Berlim e Kiev, mas no centro das conversações esteve o risco de conflito entre a Rússia e a Ucrânia que tem marcado as agendas europeias.

Perante as investidas russas, Baerbock, deixou claro que a Alemanha tudo fará para garantir a segurança da Ucrânia e da Europa. "Nenhum país tem o direito de ditar a outro que direção deve seguir, que relações pode ter e a que alianças pode aderir."

Segundo a ministra, "cada agressão adicional terá um preço alto. Estamos prontos para iniciar um diálogo sério com a Rússia porque a diplomacia é a única maneira possível de neutralizar a situação atual e altamente perigosa".

Impedir uma intervenção militar

Por seu lado, o ministro ucraniano lamentou que a postura da Rússia não seja "construtiva" e enfatizou a importância do diálogo em todas as decisões relacionadas ao conflito.

"É importante para nós que nem Berlim nem Paris tomem nenhuma decisão sobre a Ucrânia sem a Ucrânia e não entrem em nenhum jogo nas nossas costas nas relações com a Rússia. Esta é a chave agora", defendeu.

Conflito entre Rússia e Ucrânia no centro das conversações em Kiev
Conflito entre Rússia e Ucrânia no centro das conversações em KievFoto: Janine Schmitz/photothek.de/picture alliance

Ainda esta segunda-feira (17.01), o chanceler alemão, Olaf Scholz, de visita a Espanha, exortou a Rússia a dar "passos inequívocos" no sentido da diminuição da tensão na fronteira com a Ucrânia.

"O movimento de tropas ao longo da fronteira ucraniana não pode ser ignorado, é enorme e é uma ameaça à soberania da Ucrânia e é por isso que agora devemos fazer tudo para impedir a intervenção militar."

A caminho de Moscovo

Da capital ucraniana, a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã parte para Moscovo, onde se reúne esta terça-feira (18.01) com o chefe da diplomacia da Rússia, Sergey Lavrov.

Da agenda consta uma análise de posições sobre questões internacionais atuais, sobretudo sobre propostas russas sobre garantias de segurança.

Os países ocidentais acusam a Rússia de ter concentrado cerca de 100.000 soldados na fronteira com a Ucrânia nos últimos meses, para preparar um ataque àquele país. Tese negada por Moscovo, que pede que expansão da NATO para o leste seja travada.

Nova escalada de tensões sobre a fronteira ucraniana