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MDM denuncia violações da trégua em Moçambique

Arcénio Sebastião (Beira)
18 de janeiro de 2017

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo maior partido da oposição moçambicana, fala de casos de raptos, perseguições, assassinatos de membros de partidos de oposição na região central do país.

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MDM Fahne
Foto: Ismael Miquidade

O porta-voz do MDM, Sande Carmona, não avançou as datas, nem os locais dos acontecimentos, mas disse, em conferência de imprensa, esta segunda-feira (16.01), que há constantes violações da trégua de 60 dias acordada entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o Presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama, no início deste mês.

Sande Carmona deixou ainda um apelo para a criação de uma comissão com o objetivo de averiguar estes factos, que já tinham sido igualmente denunciados pela RENAMO."Isto está a acontecer em todo o país. Fizemos questão de sublinhar que não há respeito pelos direitos humanos, não há direito para a liberdade dos moçambicanos para fazerem o seu trabalho político e não só”, afirma.

Sande Carmona, Sprecherin MDM
Sande Carmona, porta-voz do MDM em SofalaFoto: DW/A. Sebastião

O  MDM  diz estar "preocupado”. "Todos nós sabemos e compreendemos que existem violações da trégua dos dois meses. Não é muito importante que se saiba quem é o violador das tréguas. O que e importante é que não haja violações daquilo que foi acordado entre as duas forças que estão em guerra”, acrescenta Carmona.

Ocorrência de confrontos?

A polícia em Sofala desconhece a existência desses factos. O comandante provincial, Alfredo Mussa, afirma não haver nenhum registo nas ocorrências policiais na província.

"Houve confrontos? Essa informação é que nos deviam trazer. Em que ponto houve confronto? Desde que se decretou a trégua de sete dias, até agora ainda não houve uma troca de tiros. Agora essa violação ocorreu aonde?”, questiona Mussa.Recorde-se que a 9 de janeiro, o porta-voz da RENAMO, António Muchanga, denunciou a DW África que, três dias antes, dois elementos das Forças de Intervenção Rápida (FIR) ameaçaram um líder comunitário em Canda, no distrito de Gorongosa, afirmando que estavam a fazer patrulha, a menos de dois quilómetros de uma posição da RENAMO.

Mosambik Polizeigewalt Alfredo Mussa
Alfredo Mussa, Comandante provincial da polícia de Sofala Foto: Arcenio Sebastiao

No posto administrativo de Vunduzi, ainda na região da Gorongosa, província de Sofala, um dirigente da administração local teria discriminado os membros da RENAMO na distribuição de alimentos à população. Muchanga adiantou ainda que quatro membros da RENAMO foram retirados da fila onde iam receber alimentos e estão desaparecidos há mais de uma semana.

17.01.2017 MDM/Sofala- violações da trégua - MP3-Mono

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