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Coronavírus: Aumentam casos na Coréia do Sul, Itália e Irão

Reuters | EFE | DPA | Lusa | tm
23 de fevereiro de 2020

Preocupação internacional sobre propagação do coronavírus fora da China cresce, com aumentos acentuados de infecções na Coréia do Sul, Irão e Itália, que decidiu suspender o Carnaval de Veneza neste domingo (23.02).

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Südkorea Chuncheon Moon Jae-in verhängt höchste Alarmstufe wegen Coronavirus
Foto: Reuters/Yonhap

A Coréia do Sul entrou em alerta máximo após o número de infecções aumentarem em mais de 600, com seis mortes. A Itália viu um aumento para 132 casos e impôs restrições rigorosas em partes do país para evitar a propagação. O Irão registrou 43 casos, sendo oito mortes. 

Neste domingo (23.02), o Governo da Coreia do Sul elevou para vermelho o alerta para doenças contagiosas - o nível mais alto de sua escala -, devido ao crescente número de infecções do novo coronavírus. A decisão de ativar o protocolo surgiu depois que o número de infecções aumentou 17 vezes nos últimos cinco dias, especialmente em torno da cidade de Daegu. 

"Medidas especiais"

Südkorea Seoul Moon Jae-in verhängt höchste Alarmstufe wegen Coronavirus
Foto: picture-alliance/AP Photo/Yonhap/L. Jin-wook

O Presidente sul-coreano Moon Jae-in afirmou que as autoridades de saúde estão adotando medidas "especiais" em relação aos membros da seita Shincheonji, atualmente considerada o principal foco de infecção no país. Das cerca de 600 infecções relatadas na Coreia do Sul, mais de 300 estão ligadas a esse grupo religioso.

O Centro de Prevenção de Doenças Infecciosas da Coreia (KCDC) acredita que a maior parte das infecções relacionadas às seitas ocorreram nas reuniões que o grupo realizava em sua sede em Daegu.

Moon insistiu que as autoridades, que mantêm mais de 9 mil de seus membros em quarentena, estão a tentar localizar o número máximo de seguidores a serem testados para o vírus.

O fechamento da sede da Shincheonji e a limitação das atividades de seus membros são medidas que devem ser tomadas para proteger a saúde pública, disse Moon, afirmando que essas decisões não buscam limitar a liberdade religiosa.

Itália suspende carnaval de Veneza

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Autoridades italianas suspenderam carnaval de Veneza. Foto: Getty Images/AFP/A. Pizzoli

As autoridades italianas ordenaram a suspensão dos festejos do Carnaval de Veneza para tentar travar a propagação do novo coronavírus, numa altura em que o número de casos de infeção no país se eleva a 132. O governador da região de Veneto, Luca Zaia, disse que a suspensão entra em vigor ao final da tarde deste domingo (23.02) 

O Ministério da Saúde excluiu a hipótese de que a primeira infecção tivesse acontecido através de um italiano que voltou da China no dia 21 de janeiro, como inicialmente se acreditava.

Por enquanto, as aproximadamente 60 mil pessoas isoladas em 11 localidades, dez na Lombardia e uma no Veneto, foram convidadas a não deixar suas casas, as lojas foram ordenadas a fechar, as atividades públicas foram suspensas, e os trens não param nesses locais.

O Governo e a Proteção Civil têm se reunido para considerar novas medidas, e evitar que a epidemia se espalhe ainda mais.

Irão

Italien Casapusterlengo Einkauf während Ausgangssperre wegen Coronavirus
Foto: Getty Images/AFP//M. Medina

Segundo o porta-voz do ministério de saúde iraniano, entre os novos casos confirmados, sete foram registados na cidade santa de Qom, 140 quilómetros a sul de Teerão, e quatro na capital. 

Na zona urbana de Teerão, onde vivem cerca de 7 milhões de pessoas, é cada vez mais visível o número de pessoas que andam de máscara e usam luvas, evitando o contacto físico. 

O anúncio do aumento do número de vítimas mortais e de casos foi feito no mesmo dia em que o Guia Supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, atribuiu à imprensa estrangeira a responsabilidade do medo pelo coronavírus que, alegadamente, contribuiu para a abstenção nas eleições legislativas desta sexta-feira. 

A Comissão Eleitoral ainda não divulgou qual foi a taxa de participação, mas a agência semioficial Fars divulgou que o número de votantes em Teerão ficou-se pelos 1,9 milhões embora estivessem recenseados cerca de 9 milhões, o que representa uma abstenção de pelo menos 70%. 

Citado pela agência oficial IRNA, Ali Khamenei - que discursava perante outros líderes religiosos -, pediu "vigilância e reação rápida às conspirações inimigas que visam os diferentes pilares do país". 

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