1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
DesastresMoçambique

Moçambique: Ciclone mais severo previsto para sexta-feira

Lusa
9 de março de 2022

O ciclone Gombe deverá atingir o norte de Moçambique na sexta-feira, apontam as mais recentes previsões meteorológicas, segundo as quais esta será a tempestade mais severa a atingir o país na presente época.

https://p.dw.com/p/48CT9
Foto de arquivo: Rasto de destruição do ciclone Idai, na Beira, em 2019.Foto: picture-alliance/AP Photo/J. Estey

O ciclone Gombe deverá entrar em terra entre Nacala e Angoche, na costa da província de Nampula, no final da manhã de sexta-feira (11.03), e provocar chuva muito forte que poderá superar os 100 milímetros em 24 horas, prevê o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) moçambicano.

O INAM prevê que os ventos tenham rajadas a oscilar entre 120 e 150 quilómetros por hora.

De acordo com o serviço meteorológico francês das Ilhas Maurícias, que monitoriza a atividade ciclónica no sudoeste do oceano Índico, o Gombe vai entrar em Moçambique no estado de ciclone tropical intenso, o primeiro a ter esta gravidade ao atingir Moçambique na presente época.

Depois de entrar em terra na sexta-feira vai perder força, mas arrastar chuva forte para o interior, no sábado, até Nampula, capital provincial.

72 mortes nesta época chuvosa

A partir de domingo vai mudar de direção e rumar de novo para a costa, reentrando no Canal de Moçambique na segunda-feira, onde voltará a ganhar força, aquecido pela superfície do mar (mais quente que a superfície continental) e rumar a sul sobre o oceano.

De acordo com o mais recente balanço do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), já morreram 72 pessoas na atual época chuvosa e ciclónica, que decorre desde 1 de outubro até final de abril.

A maioria das mortes foram provocadas por desabamentos e inundações, outras por raios e incêndios.

Até final da época continuam a decorrer ações de sensibilização da população para que se afaste de zonas de cheias e para que bens alimentares e outros artigos essenciais sejam colocados em zonas seguras.