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Pelo menos nove mil pessoas voltaram a Mocímboa da Praia

Lusa
12 de setembro de 2022

Governo moçambicano avança que pelo menos nove mil deslocados de Mocímboa da Praia já regressaram às suas zonas de origem na província nortenha de Cabo Delgado. "Todas as aldeias já têm populações", diz fonte local.

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Foto: Roberto Paquete/DW

Pelo menos nove mil pessoas que foram obrigadas a fugir de Mocímboa da Praia devido aos ataques armados na província moçambicana de Cabo Delgado voltaram às suas zonas de origem, anunciou fonte oficial.

"Todas as aldeias já têm populações", explicou João Saraiva, secretário permanente do distrito de Mocímboa da Praia, citado esta segunda-feira (12.09) pela Rádio Moçambique.

Mocímboa da Praia foi o distrito em que grupos armados protagonizaram o seu primeiro ataque no dia 05 de outubro de 2017, tendo a sua vila sede sido, por muito tempo, descrita como a "base" dos rebeldes.

Após mais de um ano nas "mãos" de rebeldes, a localidade foi saqueada e quase todas as infraestruturas públicas e privadas foram destruídas, bem como os sistemas de energia, água, comunicações e hospitais.

População em fuga no norte de Moçambique

Uma ofensiva militar das forças governamentais em 2021, com o apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, permitiu a recuperação da região, estando em curso várias iniciativas para reconstrução de infraestruturas.

Condições de segurança

Para o secretário permanente do distrito, a melhoria das condições de segurança nos últimos meses tem devolvido alguma tranquilidade às populações, que também têm estado a colaborar com as autoridades.

"As populações estão a colaborar com o Governo. Eles estão a fazer denúncias e estão também a entregar às autoridades alguns engenhos explosivos que eles encontram nas suas residências", acrescentou João Saraiva.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por violência armada, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. Há cerca de 800 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

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