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EUA liberam importação de carne bovina "in natura" do Brasil

30 de junho de 2015

Decisão vale para 13 estados e o Distrito Federal. Ministério da Agricultura espera vender 100 mil toneladas por ano em 2020 e afirma que medida terá efeito positivo sobre outros mercados.

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Foto: AFP/Getty Images

O governo dos Estados Unidos liberou nesta segunda-feira (30/06) as importações de carne bovina in natura do Brasil, que estavam proibidas há 15 anos por questões sanitárias, anunciou em Washington a ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Atualmente, o Brasil pode vender apenas carne industrializada para o mercado americano.

Em até 60 dias, 13 estados brasileiros e o Distrito Federal poderão exportar carne in natura para os Estados Unidos, anunciou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. São eles Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal. Segundo o ministério, as 14 unidades da federação estão livres da febre aftosa e com a vacinação dos rebanhos em dia.

Segundo os cálculos da ministra, a decisão vai fazer as exportações brasileiras de carne bovina para os EUA chegarem a 100 mil toneladas por ano em 2020. Em 2014, o Brasil exportou 1,244 milhão de toneladas de carne bovina in natura, com faturamento de 5,8 bilhões de dólares, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

O ministério também espera que a medida tenha um efeito positivo sobre outros mercados, já que a decisão do governo Obama equivale a um atestado de segurança para o produto. A liberação beneficia 95% da agroindústria exportadora brasileira, afirmou o ministério.

"É o céu que se ilumina", disse Abreu, que atribuiu o sucesso das negociações à presidente Dilma Rousseff e sua "firme decisão de colocar seu peso político para que o governo Obama libere a entrada de carne bovina in natura do Brasil no mercado norte-americano".

A resolução do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) entrará em vigor nos próximos 60 dias.

AS/efe/abr/ots