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Desemprego diminui e atinge 8,3% no semestre até outubro

30 de novembro de 2022

Número de pessoas ocupadas chegou a quase 100 milhões e bateu recorde da série histórica iniciada em 2012. Alta foi puxada por trabalhadores que conseguiram vagas nos mercados formal e informal de trabalho.

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Centenas de pessoas se aglomeram em frente a vagões de um trem do metrô de São Paulo e também para subir a escada rolante da estação.
Número de pessoas desocupadas atingiu o menor nível para um trimestre desde julho de 2015Foto: Alexandre Schneider/Getty Images

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, nesta quarta-feira (30/11), apontam que o índice de desemprego caiu para 8,3% no trimestre entre agosto e outubro, o menor patamar para o mesmo período desde 2014. Na época, com a economia brasileira exibindo sinais de recuo, a taxa de desocupação era de 6,7%.

O número representa uma queda de 0,8 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior, de maio a julho, quando a taxa era de 9,1%. Em relação ao mesmo período – entre agosto e outubro – de 2021, a queda foi de 3,8%. Naquele momento, o desemprego estava em 12,1%.

Comparando avaliações feitas em outros trimestres da série histórica, o volume de pessoas desocupadas – 9 milhões ao todo, atualmente – atingiu o menor nível para um trimestre desde julho de 2015, indicando um recuo de 8,7%.

Já o número de pessoas ocupadas (99,7 milhões) bateu recorde da série iniciada em 2012, apontando alta de 1% (1 milhão de pessoas) em comparação com o trimestre anterior, de maio a julho, e de 6,1% (mais de 5,7 milhões) no ano de 2022.

Os dados são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que aponta também um recorde de 13,4 milhões de trabalhadores empregados sem carteira assinada.

A pesquisa, que aborda os mercados de trabalho formal e informal, indica que os números positivos foram influenciados pela abertura e preenchimento de vagas com e sem carteira assinada.

Somando apenas os trabalhadores com carteira assinada, em comparação com o trimestre anterior, o crescimento foi de 2,3% (822 mil pessoas), totalizando 36,6 milhões.

Já o número de empregados sem carteira que atuam no setor privado bateu recorde, alcançando 13,4 milhões de pessoas, alta de 2,3% (297 mil a mais), em comparação com o trimestre anterior, e de 11,8% (1,4 milhão de pessoas) no ano.

Segundo o IBGE, "o número de empregados no setor público foi outro a bater recorde da série histórica, com 12,3 milhões, crescendo 2,3% no trimestre".

Renda também sobe

Junto com a queda no desemprego, o rendimento médio do trabalhador brasileiro também mostrou sinais de melhora, principalmente devido aos cortes tributários executados pelo governo Jair Bolsonaro (PL) em itens como os combustíveis, em uma tentativa de frear a inflação em meio às eleições.

O rendimento real habitual ficou em R$ 2.574 até o fim do trimestre finalizado em outubro, um crescimento de 2,9% em relação ao trimestre anterior – maio a julho –, e de 4,7% com o mesmo período – de agosto a outubro – do ano passado.

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad, o aumento de ocupação de postos de trabalho vem ocorrendo desde o segundo semestre de 2021. E, agora, neste "período em que historicamente há aumento de geração de emprego, a tendência se mantém".

O final do ano costuma ser marcado pela contratação de vagas temporárias principalmente no comércio, devido ao período de festas de final de ano. Mas o ímpeto do mercado de trabalho deve perder fôlego em 2023, principalmente devido ao efeito de juros elevados, o que tende a frear a atividade econômica e, por consequência, a abertura de novas vagas.

gb/md (ots)