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Desemprego recua para 8,7% no terceiro trimestre

27 de outubro de 2022

Taxa de julho-setembro cai 0,6 ponto percentual em comparação com o período entre abril e junho, quando foi de 9,3%. Número de empregados sem carteira assinada no setor privado é recorde.

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Transeuntes em rua, com bandeira do Brasil pendurada ao fundo
Segundo o IBGE, Brasil tem um total de 9,5 milhões de desocupados, queda de 6,2% no trimestre Foto: Mauro Pimentel/AFP

A taxa de desemprego caiu 0,6 ponto percentual no trimestre móvel de julho a setembro de 2022, em comparação com o trimestre de abril a junho, quando foi de 9,3%, ficando em 8,7%. Em relação ao mesmo período de 2021, quando o desemprego estava em 12,6%, a redução é de 3,9 pontos percentuais.

Os dados, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, foram divulgados nesta quinta-feira (27/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esta é, conforme o IBGE, a menor taxa desde o trimestre abril-junho de 2015, quando o desemprego estava em 8,4%. Os dados apontam para um total de 9,5 milhões de desocupados, queda de 6,2% (menos 621 mil) no trimestre e 29,7% (menos 4 milhões) no ano.

Em números absolutos, a população ocupada somou 99,3 milhões, um recorde da série iniciada em 2012. A alta na comparação trimestral foi de 1%, ou mais 1 milhão. Na comparação anual, a alta é de 6,8% ou mais 6,3 milhões.

O nível da ocupação (porcentual de ocupados na população em idade de trabalhar) ficou em 57,2%, correspondendo a uma alta de 0,4 ponto percentual no trimestre e 3,1 pontos percentuais no ano. Esse é o nível mais alto desde o trimestre terminado em outubro de 2015.

Recorde de empregados sem carteira assinada

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado subiu 1,3% no trimestre, para 36,3 milhões de cidadãos, e os sem carteira assinada – também no setor privado –  atingiram o maior nível da série histórica, apesar da estabilidade no trimestre: 13,2 milhões. A taxa de informalidade caiu de 40% para 39,4% da população ocupada, com 39,1 milhões de trabalhadores informais.

Os trabalhadores por conta própria somaram 25,7 milhões, os domésticos são 5,9 milhões e os empregadores ficaram em 4,4 milhões. O setor público cresceu 2,5% no trimestre e atingiu 12,2 milhões de empregados, o recorde da série histórica. Outros 3,1 milhões são empregados no setor público sem carteira assinada, apresentando alta de 11,6% no trimestre.

O IBGE apontou, também, aumento no trimestre no número de habitantes ocupados nos setores da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. Na comparação anual, houve redução no grupamento de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura.

Rendimento

O rendimento real habitual subiu 3,7% na comparação trimestral, indo para R$ 2.737, somando R$ 266,7 bilhões na massa de rendimento.

Os aumentos no trimestre foram observados na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura; indústria, comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas; informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.

Por tipo de ocupação, os empregados com carteira de trabalho assinada tiveram aumento de 2,8% no trimestre, os empregados no setor público 2,3%, e os empregadores estão ganhando 10% a mais. As demais categorias não apresentaram variação significativa.

md (EBC, ots)