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África marca presença no Fórum Económico Mundial em Davos

Ashutosh Pandey
16 de janeiro de 2023

O Fórum Económico Mundial arranca hoje em Davos, na Suíça, com a economia mundial abalada pela elevada inflação, a crise energética e a guerra na Ucrânia. E este ano, os líderes africanos têm metas ainda mais ambiciosas.

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Foto: Markus Schreiber/AP/dpa/picture alliance

O encontro de cinco dias, este ano sob o lema "Cooperação num Mundo Fragmentado" , conta com a participação de mais de 50 chefes de Estado e de governo, entre os quais o chanceler alemão, Olaf Scholz.

Alguns líderes recentemente eleitos, incluindo o Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, o Presidente colombiano Gustavo Petro e o Presidente das Filipinas Ferdinand Marcos Jr., também são esperados. Já o grupo africano deverá ser liderado pelo Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e pela Presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan.

E África pretende realmente marcar presença em Davos. No ano passado, a Namíbia estreou-se no fórum, destacando o seu potencial para produção e comercialização do hidrogénio verde, menos poluente.

Este ano, os líderes africanos reunidos na cidade turística suíça têm metas ainda mais ambiciosas. "A presença africana é muito vasta", destaca Borge Brende, presidente do Fórum Económico Mundial.

Também será debatido "o Acordo de Livre Comércio do continente africano que, se implementado com sucesso, poderá criar mais de 30 milhões de empregos adicionais", acrescenta.

No Fórum Económico Mundial, a decorrer em Davos, participam líderes políticos mundiais, empresários e ativistas
No Fórum Económico Mundial, a decorrer em Davos, participam líderes políticos mundiais, empresários e ativistasFoto: Davos-Klosters Tourism

Impacto da pandemia e da guerra

Mas até agora o continente africano tem lutado contra o impacto duplo da pandemia e da guerra na Ucrânia. Países como o Gana enfrentam uma grande crise da dívida, em pleno agravamento da crise económica.

Crise alimentar é também "oportunidade" para África

Um estudo anual de riscos publicado recentemente pelo Fórum Económico Mundial coloca a crise global do custo de vida causada pela pandemia e pela invasão russa da Ucrânia como o principal risco imediato, afirmando que é provável que as crises energéticas e alimentares persistam durante os próximos dois anos.

Além disso, espera-se que o crescimento económico na África Subsaariana permaneça moderado este ano devido à desaceleração global, às condições financeiras mais restritivas, e aos preços instáveis de produtos básicos, avançou o Fundo Monetário Internacional (FMI), em outubro.

Também o Banco Mundial advertiu que a atual crise económica pode causar o aumento da pobreza na África Subsaariana, que já é o lar de cerca de 60% dos pobres extremos do mundo.

Maior participação empresarial de sempre

"Não há dúvida de que a nossa reunião anual em Davos, agora na edição 53, acontece no mais adverso cenário geopolítico e económico em décadas. Há realmente muito em jogo quando se trata da economia global, para evitarmos uma recessão. E sobre como evitar o baixo crescimento e o aumento dos preços da energia e dos alimentos", diz Borge Brende.

Um número recorde de 56 ministros das Finanças chega a Davos este ano, além de 19 líderes de bancos centrais. O Fórum contará com a maior participação empresarial de sempre, sendo esperados 1.500 empresários, incluindo 600 líderes das maiores empresas do mundo.

Entretanto, não haverá participação da Rússia, uma vez que os políticos e líderes empresariais do país permanecem afastados da reunião. O Fórum congelou os seus laços com entidades russas no ano passado, depois de Moscovo ter invadido a Ucrânia.

Fórum Económico Mundial de Davos