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União Europeia pede contenção aos EUA no conflito com o Irão

Raquel Loureiro | Lusa | Reuters | EBU
14 de maio de 2019

O acordo nuclear com o Irão voltou ao debate em Bruxelas. E valeu uma visita surpresa do secretário de Estado norte-americano à capital belga, numa altura em que se intensifica a tensão entre Teerão e Washington.

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Foto: picture alliance/AP Photo/A. Harnik

A União Europeia (UE) deixou claro, mais uma vez, que é sua intenção manter o acordo nuclear, que os Estados Unidos abandonaram o ano passado. Após a reunião desta segunda-feira (13.05), em Bruxelas, que juntou o secretário de Estado norte-americano e os chefes da diplomacia europeia, Heiko Maas, ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, voltou a reforçar a posição do bloco europeu.

"Na Europa, consideramos que este acordo é necessário para a nossa segurança, ninguém quer ver o Irão com armas nucleares. É esse o objetivo deste acordo e que foi alcançado até agora", disse o chefe da diplomacia alemã.

O ministro Heiko Maas frisou ainda que, tal como os Estados Unidos, a Europa tem uma visão crítica em relação ao Irão, nomeadamente, na questão da Síria. No entanto, entende o bloco, o acordo com Teerão continua a ser "um pilar central para a segurança" na região.

União Europeia pede contenção aos EUA no conflito com o Irão

Também Federica Mogherini, alta representante da União Europeia para a Política Externa, pediu contenção. "Mike Pompeo ouviu uma mensagem clara, não só de mim, mas dos outros ministros de países da União Europeia: estamos a viver um momento crucial e delicado, no qual a atitude mais responsável é, e deve ser, a máxima contenção, para evitar qualquer escalada militar."

Frustrado com a posição da UE face à pressão dos Estados Unidos para se cortarem relações comerciais com o país, o Irão anunciou, Na semana passada, que irá abandonar parcialmente o acordo nuclear de 2015, deixando de cumprir algumas medidas previstas. Em resposta, o Presidente Donald Trump reforçou a presença militar norte-americana no Golfo Pérsico.

Aviso de Donald Trump

Entretanto, a Arábia Saudita - aliada dos Estados Unidos - confirmou a ocorrência, no domingo (13.05), de atos de sabotagem a quatro navios comerciais ao largo dos Emirados Árabes Unidos. Ações que prometem intensificar o já delicado conflito na região.

Uma fonte norte-americana já fez saber que a avaliação inicial aos ataques aos navios sugere o envolvimento de Teerão, a quem o Presidente norte-americano Donald Trump deixou um aviso: "Vamos ver o que acontece. Se o Irão fizer alguma coisa, será um erro muito grave. Vão acabar por sofrer muito. "

O Irão já ameaçou várias vezes fechar o estreito de Ormuz, crucial para a navegação mundial e para o abastecimento petrolífero, em caso de confronto militar com os Estados Unidos.