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Subida de preços em Moçambique cria alguns perigos

30 de março de 2011

Em Moçambique os preços dos alimentos continuam elevados e os cidadãos estão cada vez mais apreensivos quanto à dependência do país em relação aos mercados da África do Sul.

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Em Moçambique a gricultura é considerada a grande aposta para saída da pobrezaFoto: DW

O Parlamento moçambicano anunciou, há dias, que está a analisar uma proposta de lei da agricultura. Os moçambicanos receam uma nova crise mundial de alimentos e apelam que ao Governo para que reforce mecanismos para combatê-la, através de investimentos na produção agrícola.

Propostas que são simples remédios e não curam a verdadeira doença da agricultura moçambicana, cuja dinâmica precisa ainda de ser encontrada como refere o jovem Fred: "acredito eu que o governo tem de criar mecanismos a partir do próprio ministério da Agricultura de modo a providenciar os insumos para o aumento da produção." Este jovem defende ainda que a banca deva colaborar na concessão de créditos para o aumento da produção agrícola.

Mais: ein Grundnahrungsmittel in Mosambik
A banca raramente se arrisca a fazer empréstimos ao setor agrícola pelo facto deste ser considerado um setor de riscoFoto: DW

O investimento que nunca chega

O analista e economista Luís Magaço vai mais longe quando refere que o aumento da produção de que muito se fala é um sistema complexo."Nós podemos pensar em medidas que promovam o crescimento da produção e da exportação o que implica mais investimento."

Entretanto, isto não se mostra fácil, o economista explica que para tal Moçambique deve situar-se no melhor lugar do Doing Business, e isso implica a criação de um ambiente de negócios que possa ser atractivo para investidores. Magaço quer comparações equilibradas, "nós não podemos pôr na mesma balança e comparar maçãs e mangas, mas sim maçãs e maçãs ."

Para Luís Magaço Moçambique deve ser equiparado, neste setor, a países comparáveis como a Tanzânia e Zâmbia e não com a China ou África do Sul que possuem um vasto conhecimento.

Autor: Ezequiel Mavota (Maputo) / Nádia Issufo
Revisão: Helena Ferro de Gouveia