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Guiné-Bissau: Sociedade civil apela à paz em Casamança

Lusa
19 de fevereiro de 2021

Várias organizações da sociedade civil guineense pedem uma mediação do conflito em Casamança através do diálogo com as autoridades senegalesas, com a participação da Guiné-Bissau e da Gâmbia.

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Militar senegalês sai de um bunker dos independentistas tomado no início do fevereiroFoto: John Wessels/AFP/Getty Images

Em comunicado, divulgado nas redes sociais pela Liga Guineense dos Direitos Humanos, 23 organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau apelam à "cessação imediata das hostilidades por ambas as partes" e para a "necessidade de se respeitarem os civis que não estão envolvidos no conflito".

As organizações apelam também ao "diálogo entre as autoridades senegalesas e todas as fações do Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MDFC), com a participação das autoridades da Guiné-Bissau e da Gâmbia, para encontrarem uma solução para a paz duradoura" naquela região.

A sociedade civil guineense sublinha que o conflito tem provocado "mortes, destruição de bens, insegurança e deslocação das populações transfronteiriças" e provoca impacto económico, incluindo na campanha da castanha de caju, com consequências para os rendimentos das famílias.

Os setores da saúde e educação também são afetados pelo conflito que paralisa ou limita o funcionamento de escolas e serviços de assistência à população, salienta.

As organizações da sociedade civil advertem igualmente que o conflito cria riscos de "disfuncionalidade de mecanismos de coordenação entre os Estados", nomeadamente no que diz respeito ao combate da pandemia provocada pelo novo coronavírus e ao Ébola.

"Os efeitos de conflito em Casamança têm consequências tanto para o Senegal, como para a Guiné-Bissau e Gâmbia, com impacto direto na estabilidade político-institucional desses três países e, é por isso, a necessidade de uma ação com vista à promoção da paz, criando as condições para a cessação do confronto armado", salienta-se no comunicado.

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