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Guiné-Bissau: Número de casos da Covid-19 sobe para 969

Lusa | AFP | kg
16 de maio de 2020

Neste sábado, as autoridades de saúde guineenses anunciaram 56 novas infeções pelo novo coronavírus. Governo de Moçambique regista dez novos casos e diz que "situação é preocupante". Em África, óbitos chegam a 2.630.

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Mercado informal vazio em Bissau
Mercado informal vazio em BissauFoto: DW/B. Darame

Os casos do novo coronavírus continuam a aumentar nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. A Guiné-Bissau é o país dos PALOP com o maior número de infeções. Nas últimas 24 horas, foram registados 56 novos casos, elevando o total de doentes para 969. O número de óbitos manteve-se em quatro, de acordo com o Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES). O estado de emergência decretado pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, segue pelo menos até 26 de maio, além do recolher obrigatório, entre as 20:00 e as 06:00.

Este sábado (16.05), o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique registou dez novos casos do novo coronavírus, elevando o número de infetados no país para 129 - 109 por transmissão local e 20 casos importados. Dos indivíduos diagnosticados nas últimas 24 horas, nove são moçambicanos e um tem nacionalidade portuguesa. Desde o início do surto, mais de 5.700 casos suspeitos já foram testados em todo o país e 43 pacientes se recuperaram da Covid-19.

Segundo o Ministério da Saúde, "a situação continua preocupante", com novos focos de transmissão transmitidos nalgumas províncias que ainda não tinham reportado casos. O estado de emergência vai permanecer em vigor em Moçambique pelo menos até 30 de maio.

Cabo Verde registou dois novos casos positivos, todos na Praia, elevando o total acumulado desde 19 de março para 328. Este foi o registo diário mais baixo das últimas duas semanas. O número de mortos mantém-se em dois.

O número de infeções pelo novo coronavírus em Angola mantém-se em 48, assim como o número de óbitos - dois, no total. Na sexta-feira, um adolescente foi morto por um soldado das Forças Armadas Angolanas (FAA) no município de Xá-Muteba, na província de Lunda Norte, por alegadamente se insurgir contra o uso de máscara.

STP: Falta de obediência às regras

Em São Tomé e Príncipe, o Presidente Evaristo Carvalho considerou este sábado que a não observância do distanciamento social, particularmente nos mercados e nos táxis, pode estar na origem da contaminação em massa do novo coronavírus no país.

Covid-19: UE envia médicos a São Tomé e Príncipe

"A não observância do distanciamento social nos transportes, nos mercados e em outros espaços públicos pode ser também causa provável das contaminações em massa a que temos assistido", disse o Presidente são-tomense na abertura da quarta reunião dos órgãos de soberania sobre a Covid-19, desta vez com a presença de representantes da sociedade civil.

Até esta sexta-feira (15.05), há 240 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e sete mortes. "O novo coronavírus entrou no país e tem vindo a alastrar-se de forma alarmante, vitimando mortalmente uns tantos cidadãos em números considerados preocupantes. Alguns chegam ao hospital em estado crítico, acabam por morrer por não haver condições nas nossas estruturas sanitárias", acrescentou.

Esta semana, o arquipélago recebeu ajuda internacional humanitária enviada pela União Europeia (UE) juntamente com as Nações Unidas. "Não houve um controle rigoroso nesses dias, muita gente pode circular à vontade", sublinhou Evaristo Carvalho. O governante referiu que "muitos médicos, enfermeiros, técnicos de saúde e auxiliares foram contaminados" pela Covid-19, incluindo "elementos das forças de defesa e segurança e bombeiros".

No continente africano, foram registadas 2.747 novas infeções nas últimas 24 horas. O Centro de Controlo e Previsão de Doenças da União Africana (CDC Africa) contabiliza 78.194 casos da Covid-19 no continente africano. O número de óbitos em África subiu de 2.556 para 2.630.