Dez lendas do futebol que nunca ganharam a Ballon D´Or
A um mês da "France Football" entregar a Bola de Ouro 2021, a DW elencou dez lendas que tiveram carreiras brilhantes, mas que nunca ganharam o prémio de melhor jogador do mundo. E ficaram muitos outros por mencionar.
Thierry Henry
No seu tempo, um avançado praticamente insuperável. Pela França, foi campeão do mundo (1998) e da Europa (2000). A nível de clubes, era a estrela do Arsenal que, em 2004, ganhou a "Premier League" sem derrotas, equipa que ficou conhecida como os "invencíveis". Foi quatro vezes o melhor marcador e três o jogador do ano em Inglaterra. No Barcelona, ganhou o que lhe faltava, a Liga dos Campeões.
Xavi Hernández
O passe perfeito? Quando o "tiki-taka" começou no Barcelona, em 2008, com Pep Guardiola, Xavi era a personificação máxima do treinador e da sua ideia em campo. Jogo, posicionamento e posse de bola. E Xavi foi tudo isso. Perdeu-se a conta ao número de jogos em que o maestro espanhol não falhava um passe durante 90 minutos. Ganhou tudo a nível coletivo, mesmo com Espanha. Faltou a "bola"...
Ferenc Puskás
Um dos melhores jogadores e maiores goleadores da história do futebol. O "major galopante", como ficou conhecido no Real Madrid, foi tricampeão europeu pelo clube espanhol e carregou a Hungria até à final do Mundial de 1954, que perdeu para a antiga RFA (Alemanha Ocidental). Ao todo, Puskás marcou 713 golos em jogos oficiais. Em sua memória, a FIFA criou o "Prémio Puskás" para o golo do ano.
Franco Baresi
Sem grandes estilos, penteados e feitios. Baresi é um dos melhores defesas da história do futebol mundial. Mais do que isso, foi um dos primeiros a ocupar a posição de líbero no futebol. É um defesa que tem qualidade para sair a jogar com a bola nos pés, mais do que ficar lá atrás e pontapear para a frente. Para a "France Football", entrou na "Dream Team" de todos os tempos, com Maldini.
Andrés Iniesta
Um dos melhores camisola 8 da história do futebol. Andrés Iniesta marcava a intensidade no jogo do Barcelona. Xavi controlava a posse de bola, Iniesta a intensidade e deambulação no último terço do campo. Era um médio que tinha a capacidade de passar por três ou quatro jogadores só pela finta corporal. Tal como Xavi, ganhou tudo pelo Barcelona. E marcou o golo que deu o Mundial 2010 à Espanha.
Paolo Maldini
Um dos defesas mais "limpos" da história do futebol mundial. Tudo o que fazia, parecia ser com o mínimo de esforço. Foram muito poucos os avançados que passaram pelo elegante defesa italiano. Um íncone máximo do AC Milan, Maldini ganhou cinco vezes a Liga dos Campeões e foi sete vezes campeão italiano. Fez toda a carreira no AC Milan e era um defesa quase perfeito no desarme. Que dupla com Baresi!
Andrea Pirlo
Um médio defensivo moderno. "Baixinho", não muito forte no ombro a ombro e sem grande perícia de ir ao choque. Mas com e sem bola nos pés, dos melhores de sempre. Visão de jogo, posicionamento, remate de meia distância e exímio batedor de bolas paradas. Pirlo é um ícone do AC Milan e da Juventus. Pela Itália, ganhou o Mundial 2006.
Gianluigi Buffon
É difícil encontrar um amante de futebol que não goste ou não respeite a carreira de "Gigi" Buffon. O guardião italiano é uma eterna lenda da Juventus e da seleção italiana. Foi um dos heróis da conquista do Mundial em 2006 no desempate por grandes penalidades frente à França, na grande final. No Parma, ganhou a antiga Taça UEFA. Nunca ganhou a "Champions".
Roberto Carlos
Um dos melhores defesas-esquerdos da história do futebol. Para muitos, o melhor. Baixo, mas fisicamente fora de vulgar. Conhecido pela força no pé esquerdo, Roberto Carlos foi um lateral completo, que dominou a sua geração. Pelo Real Madrid, foi tricampeão europeu. Pela seleção brasileira, foi campeão do mundo (2002) e vencedor da Copa América (1997 e 1999).
Franck Ribéry
A discussão não termina. Em 2013, Ribéry deveria ou não ter ganho o prémio de melhor jogador do mundo? Ganhou tudo pelo Bayern Munique e, juntamente com Arjen Robben, nas alas, causou o terror a inúmeros adversários. No um para um, Ribéry, no seu pico, foi quase imparável. Nesse ano em que conquistou tudo pelo Bayern, a UEFA deu-lhe o prémio de jogador do ano. Mas a Bola de Ouro foi para Ronaldo.