Segundo a vice-secretária de Estado norte-americana, os recursos serão enviados para Angola através do "Global VAX", um mecanismo de acesso global a vacinas lançado pelos Estados Unidos da América (EUA).
"Em Angola, tive o orgulho de lançar a iniciativa Global VAX em parceria com o Governo angolano. O Global VAX tem a ver com receber doses de vacinas para ajudar as nações a superar a pandemia de Covid-19", disse Wendy Sherman.
"Pois, como disse o secretário [de Estado norte-americano, Antony] Blinken, ninguém está seguro até que todos em todos os lugares estejam seguros", acrescentou a norte-americana.
"Em Angola, os Estados Unidos fornecerão mais de 25 milhões de dólares em novos recursos através do Global VAX para fazer exatamente isso", acrescentou a líder norte-americana, enquanto fazia um balanço da sua recente visita a África, com paragens peça África do Sul, Angola e Gabão.
Encontro com Presidente angolano
Na quinta-feira, Wendy Sherman reuniu-se com o Presidente angolano, João Lourenço, em Luanda, onde discutiram o aprofundamento das relações bilaterais, assim como a promoção de reformas económicas e iniciativas anticorrupção.
O comércio e o investimento privado dos EUA em Angola também estiveram entre os temas abordados.
De acordo com Wendy Sherman, as empresas norte-americanas acreditam ter "oportunidades tremendas" em Angola e que a "facilidade de fazer negócios melhorou tremendamente".
"Uma empresa que está a avançar é a Sun Africa, que ajudará na transição de Angola para a energia solar e será capaz de fornecer energia solar para todas as partes do país, mesmo para as províncias fora de Luanda onde as pessoas agora têm um fornecimento de energia incerto", disse a vice-secretária.
Outras das companhias referidas por Sherman foi a empresa norte-americana de telecomunicações Africell, a qual visitou na sua deslocação a África.
Visita à Africell
"A visita à Africell foi realmente fenomenal. Esta é uma empresa que está no mercado agora, entrou em operação há cerca de um mês e tem dois milhões de assinantes. Eles vão trazer capacidade para todos em Angola. Foi realmente um esforço incrível. A maioria das pessoas que trabalham para eles tem menos de 30 anos. (...) Foi muito emocionante", descreveu.
Wendy Sherman disse ainda, na conferência de imprensa, estar satisfeitas pela Africell poder fornecer ao povo de Angola uma "ferramenta segura e capaz", em contraposição à Huawei, afirmando que, quando os países escolhem a operadora chinesa, estão potencialmente a "abdicar da sua soberania".
Do ponto de vista do investimento privado, a líder norte-americana afirmou que ainda "há questões a serem trabalhadas", mas assegurou que as empresas norte-americanas "sentem-se mais confiantes na sua capacidade de investir e ter um investimento de longo prazo em Angola".
Questionada sobre se abordou com João Lourenço as próximas eleições em Angola e sobre se ocorreu algum tipo de compromisso sobre a liberdade do sufrágio, Wendy Sherman afirmou que em todos os lugares que visita "aborda a importância de eleições livres e justas".
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"Ajuste Direto"
80% da contratação pública em Angola foi feita por meio de ajuste direto, em detrimento dos concursos públicos, o que levanta sérios problemas de transparência. Muito crítico em relação às práticas do seu antecessor, o Presidente João Lourenço tem estado a trilhar exatamente o mesmo caminho que José Eduardo dos Santos.
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Presidente de Angola ou líder do MPLA em campanha?
O "cúmulo da partidarização" do Estado em Angola foram as palavras usadas pelo partido da oposição UNITA para descrever as recentes controvérsias que envolvem João Lourenço. O Presidente angolano está a ser criticado por usar a estrutura do Estado - como as deslocações às províncias e os próprios meios de comunicação presidenciais - para antecipar a sua campanha eleitoral às eleições de agosto.
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Urgência do assunto
O Presidente da República de Angola, João Lourenço, ainda não respondeu a várias solicitações de audiência do líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior. A Igreja Católica também fez vários apelos ao diálogo que não foram ouvidos, além de ter pedido transparência nas eleições gerais, previstas para agosto. Aparentemente alheio a tudo isso, o chefe de Estado continua a "dialogar" com outros atores.
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Ricos em vez de riqueza
O escritor moçambicano Mia Couto disse certa vez que os países africanos produzem ricos em vez de riqueza. Angola não é exceção.
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Quando é que a fome é "relativa"?
A "fome é sempre relativa", disse o Presidente angolano, João Lourenço, a 11 de dezembro. "Talvez por conveniência [...] política convenha repetir incessantemente a palavra 'fome', mas eu diria que o grande problema de Angola, se quisermos ser mais precisos é o pouco poder de compra dos nossos cidadãos, resultante dos altos índices de desemprego".
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UNITA e MPLA à espera do Tribunal Constitucional
O Tribunal Constitucional de Angola tem em mãos dois processos controversos relacionados com os dois principais partidos políticos do país. Em causa, a validação do XIII Congresso do maior partido da oposição, a UNITA, liderada por Adalberto Costa Júnior, e a providência cautelar interposta pelo militante do MPLA António Venâncio para impugnar o VIII Congresso do partido no poder.
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Troca de "tiros nos pés" em Angola
O Tribunal Constitucional chumbou o congresso da UNITA, que elegeu Adalberto Costa Júnior, e Isaías Samakuva reaparece em cena para assumir o comando do maior partido da oposição. O Presidente João Lourenço teceu rasgados elogios ao seu regresso. Poderá estar o chefe de Estado a fazer campanha contra si mesmo? Na visão de Sérgio Piçarra, lembra o "tiro no pé" de Savimbi e a "satisfação" de Zé Dú.
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O líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, foi acusado de "tribalismo, intrigas, desvios de fundos". Este mês, o MPLA disse que a liderança de Costa Júnior está "por um fio". Mas o maior partido da oposição sacode as críticas e ganha cada vez mais popularidade. O tiro terá saído pela culatra?
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O Presidente angolano João Lourenço sai "chamuscado" da "Operação Caranguejo", com a Casa Civil e a Casa Militar da Presidência da República a "pegar fogo" devido a suspeitas de corrupção. João Lourenço exonerou o chefe da sua Casa de Segurança, Pedro Sebastião.
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Depois de uma semana marcada por reuniões e cimeiras, as políticas intercontinentais apontam a soluções... Mas antes de encontrarem as soluções... acha que já perceberam mesmo quais são os problemas no continente africano que precisam dessa tal solução?
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Será que só passa um canal nos média públicos angolanos? A imparcialidade da imprensa pública é cada vez mais questionada em Angola. O maior partido da oposição no país disse recentemente que, a um ano das eleições gerais, em 2022, os órgãos de comunicação social do Estado "foram instruídos e elegeram o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, como alvo a abater".
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Futuro, será que, face às chuvas em Luanda, que fizeram 24 mortos e milhares de desalojados, mudou alguma coisa? Alguém atende?
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Várias organizações de defesa dos direitos humanos exigem uma investigação célere aos recentes incidentes ocorridos em Cafunfo, na província angolana da Lunda Norte, e que provocaram várias mortes e feridos. O ministro angolano da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, admitiu terem existido violações dos direitos humanos de parte a parte e garantiu a realização de um inquérito.
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Autoria: Sérgio Piçarra