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Liberdade de expressãoAngola

Cafunfo: Polícia liberta catequista André Candala

Lusa | cvt
7 de fevereiro de 2021

A polícia angolana libertou o catequista André Candala, preso depois de denunciar a morte de inocentes na semana passada num incidente em Cafunfo, disse familiar do ativista este domingo.

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Foto: picture-alliance/dpa/A. Weigel

André Candala e o seu filho Paulo André Candala foram libertados pela polícia este domingo (07.02), noticia a agência Lusa, citando fonte familiar do catequista e morador de Cafunfo, na Lunda Norte.

Ainda segundo a Lusa, a mesma fonte familiar confirmou que o catequista André Candala foi espancado e queixa-se de "dores na mão e num ombro".

Uma fonte policial disse à Lusa que André Candala foi detido para prestar declarações e libertado mais tarde, acrescentando que não há mais detidos.

Um outro morador de Cafunfo afirmou que as pessoas que falaram à comunicação social estão a ser ameaçadas.

"Disseram que nós não podíamos dar essas informações e que os que falaram estão a dizer mentiras. Mas nós temos de contar a verdade, temos de contar o que vimos, não vou esconder", disse Alfredo Moisés, coordenador das comunidades da Paróquia de São José, sublinhando que os factos "devem ser apurados".

Um ativista cívico, que está escondido e pediu para não ser identificado, disse que foram detidas esta madrugada seis pessoas.

A 30 de janeiro, um alegado "ato de rebelião" protagonizado por cerca de 300 elementos do Movimento Protetorado da Lunda Tchokwe (MPLT) que tentaram invadir uma esquadra de Cafunfo, acabou por causar seis mortes, segundo a polícia da Lunda Norte.

A versão da polícia é contrariada por populares e responsáveis do MPLT segundo os quais se tratou de uma tentativa de manifestação pacífica e previamente comunicada às autoridades, durante a qual morreram mais de 20 pessoas.

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