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Eleições na RDC adiadas para 30 de dezembro

AFP | EFE | ar
20 de dezembro de 2018

Novo adiamento das eleições na RDC anunciado nesta quinta-feira (20.12.), notícia que foi muito mal recebida pela oposição que insiste numa saída rápida do Presidente Joseph Kabila, no poder desde 2001.

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Demokratische Republik Kongo Kinshasa
Kinshasa, capital da RDCongoFoto: DW/S. Oneko

As eleições presidencial, legislativas e provinciais na República Democrática do Congo (RDC) foram adiadas de sete dias, e agora terão lugar no domingo 30 de dezembro, anunciou o presidente  da Comissão Eleitoral Independente (CENI), Corneille Nanngaa.

"A Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) disse que está na incapacidade técnica para organizar as eleições a 23 de dezembro", anunciou uma fonte da organização.

As razões apontadas pela CENI para este adiamento são atrasos na implantação do material eleitoral e um incêndio num armazém da CENI há uma semana em Kinshasa, que segundo as autoridades eleitorais provocou "um grande golpe" ao processo .
Já na noite de quarta-feira (19.12.) uma fonte oficial que solicitou o anonimato disse aos jornalistas que a CENI estava a considerar um adiamento de pelo menos sete dias, para a realização do pleito eleitoral.

DR Kongo Wahlkampf in Kinshasa
Foto: Getty Images/AFP/J.D. Kannah

Transição pacífica na RDC?

Segundo várias fontes diplomáticas em Kinshasa, as três eleições presidenciais, legislativas e provinciais, antes marcadas para 23 de dezembro, devem levar à primeira transmissão pacífica de poder na RDC. Os três escrutínios devem permitir a saída do poder do Presidente Joseph Kabila, de 47 anos, que renunciou a um terceiro mandato, aliás proibido pela Constituição.

As eleições no maior e um dos países africanos subsarianos mais instáveis foram adiadas uma vez no final do segundo e último mandato do presidente Kabila, em 2016, oficialmente por razões financeiras.

Dúvidas sobre as máquinas de votação na RDC

Este adiamento provocou protestos sangrentos em setembro e dezembro do mesmo ano.

Um último acordo sob os auspícios dos Bispos congoleses foi conseguido a 31 de dezembro de 2016 e que prorrogou por um ano o mandato do Presidente Kabila, mas com a promessa de serem realizadas eleições em 2017.

Mas o pleito eleitoral foi  mais uma vez adiado, oficialmente por causa de atrasos verificados no registo de eleitores no Kasai, região central do Congo por causa de violentos confrontos armados.

Entretanto, para a organização das eleições, a CENI negou a assistência logística e financeira oferecida pela comunidade internacional, começando com os meios aéreos propostos pela Missão da ONU no Congo (MONUSCO).

"Mais de dois anos após o termo do prazo constitucional, nenhum atraso é justificável", advertiu num comunicado Lamuka , a coligação formada em torno do candidato da oposição Martin Fayulu.

Mr. Fayulu e seus aliados têm alertado o Presidente da República e a comissão eleitoral, que devem "assumir todas as consequências desta farsa."

 

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