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ONU eleva Palestina a status de Estado observador não membro

30 de novembro de 2012

Por 138 votos a favor e 9 contra, Nações Unidas elevam a Palestina ao mesmo nível do Vaticano. Novo status não dá direito a voto.

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Foto: Getty Images

Com ampla maioria, a Assembleia Geral das Nações Unidas elevou nesta quinta-feira (29/11) o status da Palestina a Estado observador não membro, semelhante ao do Vaticano. A decisão não dá direito a voto, mas é um reconhecimento implícito da existência de um Estado soberano da Palestina.

O novo status, aprovado com 138 votos a favor, 9 contra e 41 abstenções, vai permitir à Palestina solicitar entrada em diversos organismos e entidades internacionais, como as várias agências da ONU e o Tribunal Penal Internacional.

A decisão ocorreu numa data simbólica: em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral aprovou a resolução 181, que dividia a Palestina histórica, até então dominada pelos britânicos, em dois Estados: um árabe e um judeu. Os países árabes rejeitaram a divisão e, depois de violentos confrontos, apenas Israel foi reconhecido como Estado, seis meses mais tarde.

Em seu discurso perante a Assembleia Geral, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse que a votação era "a última chance de salvar a solução de dois Estados".

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Abbas pediu a certidão de nascimento da PalestinaFoto: picture alliance / dpa

Abbas também pediu à Assembleia Geral que emitisse a certidão de nascimento de um Estado palestino. Ele havia escolhido propositalmente a data da votação devido à simbologia histórica.

Entre os países que votaram contra a elevação de status estão os Estados Unidos e Israel, que fizeram forte oposição ao pedido palestino. O Brasil votou a favor. A Alemanha se absteve na votação.

"Essa resolução não estabelece que a Palestina é um Estado", declarou a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, logo após a decisão. "O grande anúncio de hoje logo vai se esvanecer, e o povo palestino vai acordar amanhã e descobrir que pouco mudou na sua vida, a não ser que a perspectiva de uma paz duradoura retrocedeu."

AS/rtr/afp
Revisão: Francis França