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Moro marca nova audiência em processo de Lula

6 de junho de 2017

Juiz acata decisão de tribunal que atendeu a pedido do ex-presidente. Desembargador considerou novos depoimentos de Emílio Odebrecht e ex-executivo da empreiteira necessários para garantir ampla defesa do réu.

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Moro é o responsável pelas ações em primeira instância da Operação Lava Jato
Moro é o responsável pelas ações em primeira instância da Operação Lava Jato Foto: Imago

Depois da determinação do Tribunal Regional Federal da 4ª região, a segunda instância dos processos da Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro marcou nesta terça-feira (06/06) uma nova audiência para ouvir os depoimentos do empresário Emílio Odebrecht e do ex-executivo da empreiteira Alexandrino de Salles Ramos de Alencar.

A decisão do TRF atendeu parcialmente a um pedido dos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que alegaram que cerceamento de defesa por não terem tido tempo suficiente para analisar documentos incluídos de última hora no processo. Entre os documentos anexados as vésperas da audiência estão os vídeos das delações de Emílio Odebrecht e Alencar.

Moro marcou a nova audiência para 12 de junho. Nela, a defesa de Lula poderá fazer questionamentos adicionais referentes ao processo. Odebrecht e Alencar foram ouvidos na segunda-feira como testemunhas de acusação num processo no qual Lula é réu por corrupção e lavagem de dinheiro. Os novos depoimentos serão tomados por videoconferência.

O pedido dos advogados do ex-presidente foi enviado ao tribunal na segunda-feira, pouco antes do início da audiência. A decisão do desembargador Gebran Neto sobre os depoimentos foi tomada após a sessão. O magistrado não viu nulidade na ação, porém considerou necessário um novo depoimento diante da complexidade da investigação.

"Com efeito, eventual prejuízo à defesa que venha a ser constatado em momento posterior acabará por causar maiores transtornos e maior demora no trâmite do processo", justificou o desembargador.

Neste processo, Lula é acusado pelo Ministério Público Federal de ter recebido da Odebrecht um terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo do Campo como propina referente a contratos da Petrobras.

CN/ots