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EUA receberão cem mil refugiados em 2017

21 de setembro de 2015

John Kerry diz que país receberá mais de 85 mil refugiados em 2016 e outros cem mil no ano seguinte. Para ele, EUA gostariam de acolher mais pessoas, mas restritas leis de segurança aprovadas após 11/9 impedem o aumento.

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Kerry (esq.) e Steinmeier: americano parabenizou o "exemplo notável" do governo alemão em receber refugiadosFoto: Reuters/A. Schmidt

O secretário de Estado americano, John Kerry, anunciou neste domingo (20/09) que o país deverá receber mais de 85 mil refugiados em 2016, incluindo dez mil sírios, e outros cem mil migrantes em 2017. Assim, o número de acolhidos pela administração Barack Obama nos próximos anos será maior que os atuais 70 mil recepcionados.

"Prevemos receber 85 mil [refugiados], dos quais pelo menos dez mil provenientes da Síria durante o próximo ano. E no próximo ano fiscal [de outubro de 2016 a outubro de 2017], a nossa meta é chegar aos cem mil", afirmou Kerry em Berlim, onde se encontrou com Frank-Walter Steinmeier, ministro do Exterior alemão.

O chefe da diplomacia americana parabenizou o "exemplo notável" do governo da Alemanha em receber refugiados – o número de migrantes deverá alcançar entre 800 mil e 1 milhão de pessoas em busca de asilo até o final do ano – e afirmou que os EUA gostaria de "receber mais", mas, por conta das restritas leis de segurança aprovadas após os atentados de 11 de setembro de 2001, isso se tornou mais difícil.

"Depois de 11 de setembro adotamos novas leis, como a verificação do controle de antecedentes pessoais, e isso demora muito tempo e não podemos cortar caminhos", declarou Kerry. Ele afirmou, ainda, que os EUA continuarão a tentar aumentar o número de refugiados recebidos ao mesmo tempo que colocam em prática as leis de segurança do país.

Apoio militar da Rússia à Síria

John Kerry disse, ainda, que um apoio militar da Rússia ao regime sírio de Baschar al-Assad deverá aumentar o risco de entrada de mais combatentes extremistas na Síria. "O apoio militar por parte da Rússia ou de qualquer outro país ao regime sírio poderá atrair mais extremistas e colocar em risco os esforços para um resolução de paz", assinalou Kerry.

No encontro, Kerry e Steinmeier abordaram vários temas, como a crise dos refugiados na Europa e o conflito na Rússia, assim como uma cooperação militar entre EUA e Rússia contra o grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI). A guerra civil na Síria já provocou mais de 220 mil mortos e mais de quatro milhões de refugiados para países vizinhos desde março de 2011, segundo número divulgados pela ONU.

FC/efe/rtr/lusa