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Comissão do Parlamento Europeu aprova audiência com Snowden

9 de janeiro de 2014

Por larga maioria, parlamentares aprovam convite para audiência por teleconferência com ex-agente da NSA. Falta saber se o delator da espionagem americana concordará em correr o risco de ter sua localização revelada.

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Foto: picture alliance/ZUMA Press

O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira (09/01) a proposta de convidar formalmente o ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana Edward Snowden para uma audiência em Bruxelas. Os parlamentares querem ouvi-lo – por videoconferência e ao vivo – sobre as revelações feitas por ele no escândalo de espionagem envolvendo o serviço secreto americano.

O convite ao ex-consultor da NSA asilado na Rússia foi aprovado na Comissão de Liberdades Civis do Parlamento Europeu por larga maioria: 36 votos a favor, dois contrários e uma abstenção. A proposta ainda deve ser analisada pelo plenário do Parlamento, e precisa ser aprovada pela maioria dos deputados. Ainda não há data prevista para a audiência.

Vários membros da comissão parlamentar condicionaram o seu voto favorável ao convite desde que a participação de Snowden seja ao vivo e interativa, de maneira que os deputados europeus possam lhe fazer perguntas. A imposição, no entanto, poderá significar um risco ao ex-agente, que pode ter sua localização exata descoberta.

Consequências negativas

Na terça-feira, um representante do Congresso americano chegou a alertar para as consequências negativas de um depoimento de Snowden aos europeus. “Seria muito negativo para as relações entre os Estados Unidos e a UE”, afirmou o republicano Mike Rogers, presidente da Comissão de Serviços de Informações da Câmara dos Representantes.

No dia seguinte, a comissária europeia de Justiça, Viviane Reding, agradeceu publicamente a Snowden pelas revelações sobre a espionagem americana na Europa durante um debate com bloggers europeus sobre proteção de dados.

As revelações feitas por Snowden vêm, desde o meio do ano passado, causando constrangimento ao governo do presidente Barack Obama. Documentos vazados pelo ex-agente revelaram espionagem e escutas ilegais a telefones particulares e emails de vários chefes de governo, entre eles a presidente Dilma Rousseff e a chanceler federal alemã, Angela Merkel.

MSB/lusa/afp