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Berlim reage com cautela a planos de armas nucleares dos EUA

(pc)11 de março de 2002

O governo federal alemão foi cauteloso ao comentar nesta segunda-feira (11) os planos dos Estados Unidos para usar armas nucleares.

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O governo federal alemão foi cauteloso ao comentar nesta segunda-feira (11) os planos dos Estados Unidos para usar armas nucleares. O porta-voz da chancelaria, Uwe-Karsten Heyes, ressaltou a posição alemã em favor do desarmamento nuclear.

Uma porta-voz do Ministério alemão do Exterior referiu-se à posição oficial de membros do governo americano desmentindo que os Estados Unidos estejam se preparando para utilizar armas nucleares. Os Estados Unidos e a Rússia estão realizando negociações para reduzir as armas atômicas, disse a porta-voz, e o governo alemão espera que elas tenham êxito.

No fim-de-semana, representantes do governo americano confirmaram que o Pentágono elaborou planos para empregar armas nucleares contra vários países. Segundo publicou no sábado o jornal Los Angeles Times, um informe secreto do Pentágono, enviado ao Congresso americano, citava como possíveis alvos a Rússia, China, Coréia do Norte, Irã, Iraque, Síria e Líbia.

Além disso, os Estados Unidos teriam desenvolvido pequenas armas nucleares para utilizar em situações específicas, como por exemplo detonar bunkers subterrâneos. Tanto a assessora de Segurança Nacional, Condeleezza Rice, como o Secretário de Estado, Colin Powell, afirmaram que não há planos concretos.

Reações

– A Rússia expressou hoje sua preocupação com os planos americanos de modernizar suas armas nucleares. "Os líderes americanos precisam convencer a comunidade internacional de que os Estados Unidos não estão preparando tais planos", declarou o ministro russo do Exterior, Igor Ivanov. Se esta informação for confirmada, será lamentável e preocupante, disse o ministro.

O governo chinês afirmou que o relatório secreto é motivo de mal-estar e preocupação em muitos países. A crescente presença militar americana, no âmbito da campanha antiterror, foi qualificada por Pequim de "violação aos direitos humanos".