1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Banco Central Europeu eleva taxa de juros em 0,5 ponto

15 de dezembro de 2022

Com alíquota agora fixada em 2,5%, entidade tenta frear inflação no bloco. Bancos centrais de diversos países fizeram movimentos semelhantes nesta semana.

https://p.dw.com/p/4L1Sc
A imagem mostra o prédio do Banco Central Europeu. O edifício aparece ao fundo, bastante iluminado, enquanto o primeiro plano mostra uma ponte sobre um rio.
Banco Central Europeu, em Frankfurt, confirmou o quarto aumento da taxa de juros em 2022Foto: Boris Roessler/dpa/picture alliance

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta quinta-feira (15/12) uma alta de 0,5 ponto percentual na taxa de juros da zona do euro, para 2,5% ao ano, com o objetivo de tentar controlar a inflação.

É a quarta elevação seguida no ano da taxa de juros da zona do euro, que em julho estava em -0,5%.

Desta vez, o aumento foi mais ameno do que os anunciados em setembro e outubro, quando o acréscimo havia sido de 0,75 ponto percentual.

Apesar da desaceleração do ritmo de alta, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que o bloco está "jogando um longo jogo" e espera que a taxa siga subindo no ano que vem.

"Acreditamos que as taxas de juros ainda terão que subir significativamente, em um ritmo constante, para atingir níveis suficientemente restritivos para garantir um retorno oportuno da inflação à meta de 2% a médio prazo", disse Lagarde. O BCE é sediado em Frankfurt, na Alemanha.

A taxa de juros básica é muito menor do que a que as pessoas e empresas tendem a pagar quando fazem um financiamento, mas sua trajetória tem um impacto decisivo na alíquota que será cobrada nesses empréstimos.

Maior taxa desde 2008

A atual taxa de juros, de 2,5%, é a maior na zona do euro desde 2008. Naquele ano, a crise financeira mundial levou os bancos centrais a reduzirem as taxas a níveis sem precedentes para incentivar a economia e, de modo geral, as mantiveram baixas por mais de uma década.

O ano de 2022, porém, trouxe uma série de turbulências à economia global. Após dois anos de pandemia de coronavírus e a subsequente instabilidade, a invasão russa da Ucrânia impactou os preços de energia e de alimentos, aumentando a inflação em vários países.

O aumento das taxas de juros é uma ferramenta que os bancos centrais recorrem para combater a inflação. A medida busca desencorajar empréstimos e gastos, num esforço para reduzir a demanda e, consequentemente, os preços – um ato de equilíbrio que também pode, por outro lado, retardar o crescimento econômico ou levar à recessão.

Tendência global

O anúncio do BCE ocorreu um dia depois que o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) também confirmou aumento idêntico na sua taxa, de 0,5 ponto percentual. Nos EUA, a taxa de juros foi ajustada para de 4,25% a 4,75%.

A exemplo do BCE, o Fed também diminuiu o ritmo do aumento, após quatro altas consecutivas de 0,75 ponto percentual, o que a entidade já havia sinalizado que iria acontecer à medida que a inflação começasse a cair.

No Reino Unido, também nesta quinta-feira, o Banco Central da Inglaterra aumentou a taxa de juros em 0,5 ponto percentual, para 3,5%, a mais alta em 14 anos – nono aumento consecutivo desde dezembro de 2021.

Na mesma data, o Banco Central da Suíça optou por um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, para 1%. E, na Noruega, houve acréscimo de 0,25 ponto percentual.

gb/bl (AFP, Reuters, dpa, rtr)