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AULAS DE ISLAMISMO NAS ESCOLAS ALEMÃS

15 de março de 2008

Aulas de islamismo nas escolas alemãs, liberdade de imprensa, a independência do Kosovo, Emmanuel Kant e Ernst Bloch foram os temas comentados por nossos leitores esta semana. Não deixe de ler!

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Foto: AP

Não só o islamismo como toda e qualquer religião que faça parte da vida de todos nós deve ser sim oferecida a quem quiser dela tomar conhecimento, temos o direito de acreditar em Deus da forma que melhor falar ao nosso coração. Dia virá em que não mais precisaremos desta divisão que por tanto tempo vem sobrevivendo, mas que na realidade não deveria existir pois somos filhos do mesmo Pai e sendo assim nada mais natural que no futuro tenhamos um única forma de ver e sentir Deus em nossas existências, mas enquanto não chega este tempo devemos fazer o possível para convivermos com todo tipo de "diferenças" quer sejam religiosas ou raciais, e assim instalarmos a paz entre os povos por um mundo melhor.
Maria Aparecida Neubaner Luiz

Eu sou brasileira e moro na Alemanha desde 2003. Não concordo com os turcos de não aceitar a cultura alemã e querer impor que o alemão aceite suas condições de vida. Eu não posso chegar na casa do outro impondo os meus valores. Preciso respeitar os valores do outro. Eu não concordo que seja dado aula de islamismo em escolas alemãs. Isto sim é uma imposição. O turco precisa ver que quem esta impondo os seus valores são eles, e não os alemães. A casa do outro precisa ser preservada com sua cultura, sua riqueza natural e outros aspectos que fazem parte de suas raízes. Imaginem se os brasileiros e todos os estrangeiros na Alemanha decidirem impor os seus valores culturais na Alemanha. Seria um caos! Acho que precisa haver bom senso dos estrangeiros. Eu não quero que a Alemanha mude para aceitar a minha cultura. Quando eu visito Hanau percebo que a Hanau que conheci há 17 anos perdeu a sua identidade alemã. Não é justo que a Alemanha mude a sua identidade para aceitar outras culturas. Cada cultura pode encontrar o seu nicho e viver em harmonia com a Alemanha. Eu digo: "Alemães não percam sua identidade cultural que é maravilhosa!"
Maria Angelica Dias Müller

AS CARICATURAS DE MAOMÉ

A liberdade de imprensa não deve ser confundida com o direito de interferir na vida ou em mundos alheios. Ciente dos problemas que muitas reportagens podem provocar, temos que nos restringir e não jogar lenha no fogo. Acho que temos temas muito mais importantes no mundo de hoje. Temas supérfluos e que não servem para quase nada, não podem dominar os nossos meios de comunicação. Parece-me que faltam assuntos dignos de serem apreciados O tema não leva a nada e não soma nada para ninguém, só serve para provocar discórdia. O que não soma deve ser descartado. O mundo está em crise, vendavais, tufões, terremotos, etc. estão acontecendo e nos desgastamos com assuntos que só projetam eu não sei o quê. A luta pelo poder sempre dominou o mundo e os mais fracos sempre pagam a conta.
Beno Edmundo Heumann

INDEPENDÊNCIA DO KOSOVO

A independência do Kosovo interessa a quem? Por que algumas nações apóiam e outras criticam? Está sendo de fato proclamada a independência ou a dependência? Vejamos então: se a Inglaterra apóia, por que sempre negou a independência das Irlandas? Com base na questão da "independência" do Kosovo, está sendo aberto o mesmo caminho, para a questão da Caximira na Índia e o Paquistão, dos curdos na Turquia e no norte do Iraque, da Ilha de Taiwan na China, o Tibete também na China, Quebec no Canadá, os bascos na Espanha, a República Separatista de Santa Cruz aqui na Bolívia, e por que então não olharmos para o nosso próprio umbigo e percebermos que os Yanomames poderiam fazer o mesmo pleito aqui dentro do nosso Brasil? Pois bem essas pseudo republiquetas nasceriam de fato com condições de ser economicamente viavéis? Ou seriam protetorados e amparadas por quem? Com qual propósito? Não se faz necessário ter muito encéfalo para saber a quem esses propósitos interessam!

Adauri Bordonal

EMMANUEL KANT

As obras de Immanuel Kant (Königsberg 1724-1804) são fundamentais para qualquer pessoa que pretenda desenvolver um trabalho sólido acerca de "Fundamentação e Crítica da Moral". Desenvolvo uma pesquisa sobre este autor em minha graduação em Filosofia na UFPel. Embora alguns autores contemporâneos acusem o pensamento moderno como a causa da "suposta" crise da racionalidade contemporânea, creio que Kant criticava severamente, já em seu tempo, o tipo de pensamento que certamente levou a um desenvolvimento deturpado da visão de Aufklärung (esclarecimento), a saber, o pensamento "Pragmático". A própria fundamentação moral da política que podemos afirmar após a leitura de seus escritos sobre filosofia prática faz com que constatemos em Kant um grande exemplo a seguir. Kant é atemporal.
Luciano Duarte da Silveira

ERNST BLOCH FILÓSOFO DA UTOPIA E DA ESPERANÇA

Penso que o conceito de esperança será sempre uma luz a iluminar as mentes que apostam num mundo melhor. Quanto ao de utopia, concordo com Jonas quando ele aponta que, no contexto atual, "concretizar" a utopia, tal como Bloch preconiza, implicaria um elevado ônus a todo o planeta. A humanidade precisa, urgentemente, rever seus ideais para alcançar um mundo melhor, mais justo e ambientalmente sustentável.
Lilian Simone Godoy Fonseca