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ConflitosIsrael

Ataque perto de sinagoga em Jerusalém deixa sete mortos

28 de janeiro de 2023

Atentado reivindicado pelo Hamas ocorre após a morte de dez palestinos depois de uma incursão de militares israelenses no campo de refugiados de Jenin e reacende temor de escalada no conflito na Faixa de Gaza.

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Foto noturna. Em uma rua, é possível ver ao menos dois corpos no chão, cobertos.
Ataque ocorreu em uma rua perto da sinagoga em Neve YaacovFoto: Ammar Awad/REUTERS

Um ataque a tiros na noite desta sexta-feira (27/01) nas proximidades de uma sinagoga em um assentamento judeu em Jerusalém oriental deixou sete mortos e três feridos.

O atentado, ocorrido um dia após a morte de dez palestinos depois de uma incursão de militares israelenses no campo de refugiados de Jenin, é o mais letal ocorrido nos últimos anos no território de Israel e reacende temor de uma nova escalada no conflito entre israelenses e palestinos.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou "contramedidas imediatas". 

"Agiremos com decisão e calma", disse Netanyahu, apelando à população "para não fazer justiça com as próprias mãos". 

O autor do ataque tentou fugir, mas foi morto por agentes da força local de segurança. A identidade dele não foi divulgada, mas, segundo a mídia local, trata-se de um palestino de 21 anos. Segundo o correspondente da emissora pública alemã ARD Jan-Christoph Kitzler, ele seria membro do grupo extremista islâmico Hamas. A polícia ainda investiga a participação de outras pessoas no crime.

O ataque ocorreu às 20:15 (horário local), numa rua perto da sinagoga em Neve Yaacov, um bairro de assentamento judeu em Jerusalém oriental, quando várias pessoas saíam das orações noturnas. 

O Hamas, que governa a Faixa de Gaza, reivindicou a autoria do ataque e disse que ele ocorreu "em retaliação ao ataque do exército israelense ao campo de refugiados de Jenin".

Dois policiais fortemente armados
Forças israelenses reforçam segurança no local do ataqueFoto: Ronen Zvulun/REUTERS

Reações internacionais

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou "veementemente" o ataque.

"É particularmente desprezível que este ataque tenha ocorrido num local de culto e na data que se assinala o Dia Internacional da Memória do Holocausto", sublinhou Stéphane Dujarric, porta-voz de Guterres.

"O secretário-geral está profundamente preocupado com a atual escalada de violência em Israel e nos territórios palestinianos ocupados", destacou.

O governo dos Estados Unidos também condenou "nos termos mais fortes" o "aparente ataque terrorista"

"Estamos solidários com o povo israelense", disse o vice-porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel. Em seguida, o presidente americano, Joe Biden, conversou por telefone com Netanyahu.

Os EUA também ressaltaram que a viagem do chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, a Jerusalém e Ramallah na semana que vem está mantida. Ele vai discutir "medidas a serem tomadas para uma desescalada das tensões".

O governo brasileiro, através do Itamaraty, emitiu nota reiterando "que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis" e se solidarizando aos familiares das vítimas.

Incursão israelense

Uma incursão militar na quinta-feira no campo de refugiados de Jenin transformou-se num tiroteio, resultando na morte de pelo menos nove palestinos. Confrontos semelhantes em outras localidades da Cisjordânia provocaram mais vítimas fatais.

Desde então, em Gaza, militantes do Hamas dispararam foguetes contra Israel, que respondeu com ataques aéreos.

le (Lusa, EFE, ots)