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Kiev: "Forças ucranianas não se renderão em Mariupol"

EFE
17 de abril de 2022

Primeiro-ministro da Ucrânia afirma que soldados de seu país lutarão "até o fim" na cidade sitiada de Mariupol, descartando que os militares irão acatar a exigência de Moscovo de se entregar.

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Bilderchronik des Krieges in der Ukraine | Mariupol
Uma bandeira da Ucrânia num edíficio em ruínas, em Mariupol.Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS

Segundo o Primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, "a cidade não caiu", disse, "os nossos soldados ainda estão lá e lutarão até o fim. Por enquanto eles ainda estão em Mariupol", disse.

Moscovo pediu neste domingo (17.04) que os militares ucranianos em Mariupol, cidade do leste do país, sitiada por forças russas, cessem a resistência e entreguem suas armas a partir de 0h (hora local), prazo que já foi expirado.

Em troca, a Rússia ofereceu poupar a vida dos defensores da cidade.

Mariupol, cidade estratégica

A estratégica Mariupol, próxima ao Mar de Azov, é um dos principais objetivos dos russos em seu esforço para obter o controle total da região de Donbas e formar um corredor terrestre no leste do país a partir da anexada península da Crimeia.

Bilderchronik des Krieges in der Ukraine | Mariupol
Civis na cidade de Mariupol.Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS

O primeiro-ministro afirmou que algumas áreas de Mariupol permanecem "sob controle ucraniano", lamentando que a cidade esteja passando por uma "enorme catástrofe humanitária" como resultado do cerco russo.

Shmygal disse que os cidadãos que permanecem em Mariupol "não têm água, comida, aquecimento ou eletricidade" e, portanto, pediu aos aliados da Ucrânia que "ajudem a parar" esta crise.

De acordo com o governo local, cerca de 20 mil civis foram mortos desde o início da invasão russa.

A Direção Principal de Inteligência do Ministério da Defesa ucraniano disse que os russos implantaram até 13 crematórios móveis em Mariupol para remover os corpos de civis assassinados das ruas.

As autoridades ucranianas estimam que aproximadamente 120 mil civis permanecem na cidade sitiada, defendida pelo Regimento Azov, fuzileiros navais e outras forças.

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