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CASA-CE diz-se vítima de "golpe eleitoral sem precedentes"

Lusa
5 de outubro de 2022

A coligação angolana CASA-CE considera ter sido vítima de um "golpe eleitoral" de uma "máquina da fraude", nas eleições de agosto em que não elegeu deputados. E garante que continuará a lutar por um Estado democrático.

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Foto: B. Ndomba/DW

O colégio presidencial da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) diz que, apesar dos resultados negativos das eleições de 24 de agosto, vai continuar a "bater-se de cabeça erguida a favor do Estado democrático e de direito e da realização plena e efetiva de Angola e dos angolanos".

A coligação presidida por Manuel Fernandes refere, em comunicado hoje divulgado, que as lideranças dos quatro partidos coligados reafirmam a sua confiança no atual líder, que foi o cabeça de lista nas quintas eleições gerais angolanas.

A CASA-CE, que na legislatura 2017-2022 contava com 17 deputados, não elegeu deputados para a nova legislatura (2022-2027) na sequência das eleições de 24 de agosto, ou seja, perdeu todos os lugares no parlamento.

Segundo o comunicado, a situação interna da agremiação política esteve em análise na terça-feira, ocasião em que o colégio presidencial decidiu adiar para 15 de outubro a reunião magna do seu conselho consultivo nacional, "por imperativo de ordem organizativo".

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CASA-CE sem deputados

O Tribunal Constitucional proclamou o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e o seu candidato, João Lourenço, como vencedores das eleições de 24 de agosto, com 51,17% dos votos, seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior na oposição, com 43,95%.

Com estes resultados, o MPLA elegeu 124 deputados e a UNITA 90 deputados, quase o dobro das eleições de 2017.

O Partido de Renovação Social (PRS), a Frente Nacional para a Independência Total de Angola (FNLA) e o estreante Partido Humanista de Angola (PHA) elegerem dois deputados cada.

A CASA-CE, a Aliança Patriótica Nacional (APN) e o P-Njango não obtiveram assentos na Assembleia Nacional, que na legislatura 2022-2027 conta com 220 deputados já investidos nas funções.

A coligação, criada em abril de 2022 por Abel Chivukuvuku, congrega cinco partidos, nomeadamente o Partido Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido de Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola - Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Pacífico Angolano (PPA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e o Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA).

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